(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-10-08
Em São Paulo, equipe reduzida do Limpurb não consegue evitar sacos abertos deixados para trás e sujeira nas ruas

Tudo (ou quase tudo) é grandioso no maior contrato da Prefeitura. São R$ 10 bilhões por 20 anos de serviço, 45 mil quilômetros de ruas atendidas, 402 caminhões, 10,9 milhões de pessoas beneficiadas e aproximadamente 9 mil toneladas diárias de resíduos. O único número tímido é, curiosamente, o da equipe que fiscaliza o enorme sistema de coleta domiciliar. Segundo dados do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb) da Secretaria Municipal de Serviços e Obras, há somente 17 agentes vistores na ativa.

Em 20 carros, essa equipe que roda São Paulo à procura de irregularidade como sacos de lixo deixados para trás, ruas que não foram limpas, lixeiros sem proteção e até eventuais fraudes - há casos de acréscimo de entulho para aumentar o peso da carga uma vez que as empresas ganham por quilo.

Apesar de a situação estar longe do caos, há problemas na prática. Na tradicional Rua Augusta, nos Jardins, zona sul, por exemplo, não é raro encontrar sacos abertos e sujeira espalhada. As lojas, quando fecham, por volta das 18h , colocam seus detritos na calçada. “Até os caminhões aparecerem no começo da madrugada, os catadores já abriram e reviraram tudo. Quando o lixeiro vem, leva o saco arrebentado”, conta Suzana Vieira, de 45 anos, atendente de um bar da região.

A coleta seletiva, feita pelas duas concessionárias contratadas pelo governo - a Ecourbis e a Loga - , também tem problemas. Morador de uma casa em frente à Praça Aritiquibá, na Lapa, zona oeste, Fernando José de Lima, de 42 anos, vê seus sacos de lixo largados o dia todo, descaso que, na época de chuvas, pode ser temerário. Lá, o lixo reciclado costumava ser recolhido na quarta-feira à noite. “Percebi que, de manhã, tudo continuava lá.” Ele ligou para a Loga e foi informado de que o serviço havia passado para as manhãs de quinta. “Segui a orientação, mas quando chego de noite encontro o saco intacto. Não vale a pena separar”, reclama ele, que ligou sem sucesso para reclamar duas vezes .

“Mesmo com controle online e via satélite dos percursos feitos pelos coletores, há necessidade de maior fiscalização”, disse Sabetai Calderone, especialista no assunto e doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). “O serviço até que vai bem. As concessionárias recebem por peso e têm interesse de recolher tudo.” Mas, segundo Calderone, há problemas e deveria haver sempre a fiscalização dos equipamentos usados pelo lixeiro. “A equipe de fiscais é pequena. Um taxista que roda o dia inteiro não vai além dos 300 quilômetros. Pelos meus cálculos, então, o controle é provavelmente de 5% do universo. É uma amostragem duvidosa.

Em nota, a Prefeitura informou que “o número de 17 agentes vistores é adequado.” Segundo a administração, “são vistoriados, no mínimo, 25% dos setores de coleta mensalmente, de forma a totalizar 100% dos setores no quadrimestre”. Ou seja, “em quatro meses, todos os setores de coleta de cada subprefeitura são fiscalizados.”

Já a Ecourbis alegou que “o número de fiscais é suficiente”. Eles dominam a operação com o sistema online de gerenciamento, que controla a pesagem e o número de viagens dos caminhões.” Além disso, segundo a concessionária, “a qualidade da operação deve ser avaliada pelos munícipes”. Diz a Ecourbis: “na última pesquisa feita a pedido das concessionárias, o índice de ótimo e bom foi de 98%”. A Loga não se pronunciou.

(Por Arthur Guimarães, O Estado de S.Paulo, 08/10/2007)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -