Durante a 4ª Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) quer mostrar a importância do desenvolvimento do setor para o meio ambiente.
A feira, aberta na quinta-feira (04/10) no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, encerrou-se no domingo (07/10).
“Estamos promovendo o desenvolvimento sustentável, buscando licenciamento ambiental dos assentamentos na Amazônia Legal. Desde o ano passado, o desmatamento nos assentamentos caiu 51,2%; aumentamos o número de famílias, o número de áreas assentadas na Amazônia Legal e o desmatamento caiu”, disse o presidente do Incra, Rolf Hackbart, em entrevista à Agencia Brasil.
Segundo Hackbart, o Brasil já tem 7,4 mil projetos de assentamentos, em cerca e 72 milhões de hectares, nos quais vivem em torno de 700 mil famílias. Ele informou que o Segundo Plano Nacional da Reforma Agrária, de 2003, já assentou mais de 400 mil famílias.
Para o presidente do Incra, o grande desafio agora é o desenvolvimento dos assentamentos, a geração de renda, emprego e a recuperação do passivo ambiental. “Estamos criando agricultores familiares, com crédito, assistência técnica e infra-estrutura”, comentou Hackbart.
Paulo Barreto, representante do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) avaliou que as mudanças climáticas afetam a forma de como as pessoas vão praticar a agricultura, com a chuva e ocorrência de secas excessivas, por exemplo. Mas, ele também tem uma visão positiva, diante da situação.
“Pode também ser oportunidade com as novidades que estão surgindo. A área de biocombustível pode aumentar bastante. Plantar o que vai poder usar para combustíveis é uma oportunidade. Também pode ajudar na área de reflorestamento, para mitigar os efeitos das mudanças climáticas globais”.
(Por Deborah Souza, Agência Brasil, 05/10/2007)