O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou na sexta-feira (05/10) o privilégio do Brasil na produção de energia pelo potencial de sua “imensa" bacia hidrográfica.
"O Brasil tem hoje aproximadamente 100 mil megawatts de energia funcionado. Se pegarmos todas as bacias hidrográficas brasileiras que compõem toda essa imensidão de rios que nós temos, nós teremos aproximadamente 264 mil megawats. Nós, brasileiros, e os companheiros sul-americanos, temos uma situação muito privilegiada, se tivermos bom senso, juízo e visão de futuro", afirmou ao visitar as obras da Usina Foz do Chapecó, no oeste de Santa Catarina.
O presidente lembrou que "não é simples" expandir a produção de energia hidrelétrica, porque, segundo ele, entre a decisão política e a efetivação da obra, existem problemas que não estão relacionados ao poder de decisão dos governos.
"Tem o problema ambiental, tem o Ministério Público, que muitas vezes aciona uma obra e leva alguns anos para que a Justiça julgue, e muitas vezes, entre os próprios empresários, há divergências se vão participar ou não do consórcio", disse.
O presidente afirmou que a geração de energia por usinas hidrelétricas ainda é a solução "mais interessante" e mais barata para o Brasil. "Temos que cuidar do meio ambiente? Temos. [Cuidar] Das pessoas que moram nos lugares que vão ser alagados? Temos. Mas nós precisamos fazer as hidrelétricas", ressaltou.
Além da construção de usinas, o presidente defendeu investimentos em linhas de transmissão, inclusive para integrar energeticamente países da América do Sul. E anunciou que até 2010, 62 novas hidrelétricas serão construídas no país.
"Precisamos desmontar o labirinto de dificuldades que temos, para que a gente possa produzir energia nesse país", defendeu.
A hidrelétrica Foz do Chapecó tem um custo estimado em R$ 2,2 bilhões, para gerar 855 megawatts de potência a partir de 2010.
(Por Carolina Pimentel, Agência Brasil, 05/10/2007)