Ambientalistas uruguaios e argentinos criaram hoje a Assembléia Regional Ambiental do Rio Uruguai, que coordenará suas mobilizações contra a construção da fábrica de celulose da empresa finlandesa Botnia em Fray Bentos, ao noroeste de Montevidéu. Cerca de 300 pessoas participaram da assembléia, que ocorreu nesta localidade de Nueva Palmira, no departamento de Colonia, oeste do Uruguai.
A reunião teve a presença de ativistas uruguaios, argentinos e alguns brasileiros, todos eles contrários à planta de celulose pelos danos econômicos e ecológicos que, assinalaram, produzirá na região. "A única forma de poder conseguir que se mude o modelo que nos querem impor a partir dos países do norte é que as pessoas ou as comunidades tenham debates e possam fazer mudar as políticas", disse o uruguaio Daniel Roselli, um dos coordenadores deste protesto.
Roselli disse que a assembléia contou com a presença, pela parte uruguaia, de representantes de onze departamentos, junto a ambientalistas das zonas da Argentina às margens do rio Uruguai que serão mais afetadas pela fábrica de celulose. "A idéia é que cada comunidade debata, cada região debata e, assim, saibamos que passos podemos dar, a fim de encontrar um modelo alternativo para este processo industrial que querem nos impor", acrescentou Roselli, editor de uma revista em Colonia.
Em Nueva Palmira fica um dos píeres desde onde será feito o transporte da celulose produzida na fábrica e celulose da Botnia. A Argentina e o Uruguai mantêm uma disputa em torno da construção dessa fábrica de celulose, que foi levada à Corte Internacional de Justiça de Haia.
(Efe /
Último Segundo, 07/10/2007)