Argentinos e uruguaios divergem sobre a instalação de fábrica na regiãoAmbientalistas brasileiros e de outros quatro países sul-americanos vão se reunir neste mês na Argentina para debater o conflito entre argentinos e uruguaios, que divergem sobre a construção de uma fábrica de celulose às margens do Rio da Prata, na fronteira entre estes dois países.
O encontro da União de Assembléias Cidadãs vai ocorrer entre os dias 12 e 14 de outubro em Concepción del Uruguay, na Argentina. Além dos representantes brasileiros, também estarão presentes ambientalistas do Chile, do Paraguai e dos dois países diretamente envolvidos.
O membro da Assembléia Ambiental de Gualeguaychú (Argentina), José Pouler, disse que o encontro vai debater questões ambientais em geral, mas que não vai fugir da polêmica.
– Os temas dominantes serão ambientais. Naturalmente, o conflito da Argentina com o Uruguai – afirmou Pouler, ponderando que este será o quinto encontro da entidade e serão retomados alguns dos temas abordados na reunião anterior, realizada em julho.
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A cidade que vai sediar a reunião é vizinha ao território uruguaio, cuja população lidera os protestos contra a instalação da fábrica. a argumentação é de que a instalação da unidade vai causar prejuízos ao meio ambiente na região.
Na semana passada, ambientalistas argentinos e uruguaios formaram uma assembléia "binacional" para rejeitar a instalação da fábrica de celulose da empresa finlandesa Botnia. A Assembléia Ambiental de Gualeguaychú, na Argentina, mantém bloqueada há mais de um ano a ponte que liga a cidade a Fray Bentos, no lado uruguaio, onde a Botnia está construindo a fábrica.
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ClicRBS, 07/10/2007)