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marina silva
2007-10-06
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, propôs uma reflexão à comunidade acadêmica da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) quinta-feira (4), em Vitória (ES), sobre como traduzir em políticas públicas as soluções idealizadas para enfrentar problemas relacionados ao meio ambiente. A ministra participou da Semana de Extensão Universitária da instituição, cujo tema foi "Meio Ambiente - Responsabilidade Universal".

Segundo Marina Silva, é fundamental encontrar meios para converter as decisões de acordos multilaterais - como a ECO 92, a Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Quioto - em ações efetivas nos países que os ratificam. "De nada adiantam (esses acordos) se não houver propósito ético e político para implementá-los. Ainda falta compromisso ético para traduzir decisões em políticas públicas. A técnica que não é acompanhada da ética não é boa ferramenta", analisou.

Para a ministra, a responsabilidade sobre o meio ambiente é realmente universal, principalmente depois da divulgação dos últimos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), no final de 2006 e no primeiro semestre deste ano, com a previsão alarmante de aquecimento de 1 a 4 graus na temperatura do Planeta. O resultado, de acordo com a ministra, é o aumento do nível do mar e uma série de desastres naturais em todo o mundo.

Na avaliação de Marina Silva, esse cenário exige, agora mais do que nunca, que seja inserido o princípio da transversalidade no cuidado com o meio ambiente sob todos os aspectos do dia-a-dia.

Em outra palestra sobre "Ciência e Ética para o Desenvolvimento de Territórios Sustentáveis", em Guarapari (ES), Marina Silva participou do encerramento do V Congresso Brasileiro de Agroecologia. "Esse é um encontro de saberes que pode criar uma nova narrativa para questões ligadas à sustentabilidade social, cultural, ética, politica e econômica", disse a ministra no evento.

Secretário defende projeto sobre serviço ambiental
 
O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, defendeu  a aprovação do projeto de lei que institui a Política Nacional de Serviços Ambientais, em tramitação no Congresso Nacional. Ele participou da abertura do Terra Madre Brasil - encontro mundial de comunidades do alimento realizado a cada dois anos pelo movimento Slow Food. O evento ocorre em Brasília simultaneamente à IV Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, promovida pelo MDA em parceria com o MMA.

Em sua exposição, o secretário defendeu a criação de mecanismos de incentivo para o modelo sustentável de produção e pediu apoio para a aprovação do projeto. "Ele busca premiar quem adota práticas de sustentabilidade na agricultura familiar e comunidades tradicionais, remunerando pelo serviço ambiental aquele que conserva", explicou.

Para ele, hoje vive-se um tempo em que cada vez mais a sociedade contesta o modelo de produção e consumo insustentável o que força todos os atores sociais a buscar modelos alternativos e de bases sustentáveis. "O MMA está engajado nesse propósito, trabalhando em parceria com outros ministérios e também com os pequenos agricultores e comunidades tradicionais para garantir a viabilidade socioambiental daquilo que consumimos", disse.
 
(MMA, 05/10/2007)


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