Audiência pública para debater os riscos de contaminação presentes no manuseio e na destinação de lâmpadas de mercúrio (fluorescentes), será realizada pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa e o Instituto Porto Alegre Ambiental (Ipoa Ambiental). A audiência acontece terça-feira, às 9h30min, no Plenarinho João Neves da Fontoura, com a presença de representantes de diversos setores preocupados com a preservação do meio ambiente.
A maioria da população desconhece os graves riscos de contaminação a que está sujeita ao descartar, de forma inadequada, as lâmpadas fluorescentes usadas. No Rio Grande do Sul, são descartados cerca de 4,5 milhões de lâmpadas ao ano, quantidade suficiente para degradar irremediavelmente milhões de metros cúbicos de água potável. Ao mesmo tempo em que a lâmpada fluorescente contribui para a redução do consumo de energia, como alternativa à lâmpada incandescente tradicional, pode acarretar sérios danos ao meio ambiente e à saúde pública. O mercúrio é um metal pesado altamente tóxico, que provoca câncer e doenças degenerativas.
Durante a audiência pública, o Ipoa Ambiental vai apresentar projeto de educação ambiental e de implantação de sistema de coleta e reciclagem de lâmpadas fluorescentes. O objetivo do projeto é levar conhecimento às crianças nas escolas, aos jovens nas universidades e à população em geral, buscando informar sobre o correto manuseio das lâmpadas fluorescentes e garantir uma melhor qualidade de vida e das águas do Rio Grande do Sul. O Ipoa Ambiental é uma instituição sem fins lucrativos, voltada para o empreendedorismo socioambiental, que busca viabilizar projetos de solução para problemas ambientais.
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Diário Popular, 05/10/2007)