O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje à tarde em Chapecó, oeste de Santa Catarina, as obras da Hidrelétrica Foz do Chapecó. Construída entre os municípios de Águas de Chapecó (SC) e Alpestre (RS), a usina integra o Programa de Aceleração do Crescimento.
A hidrelétrica, que tem custo estimado em R$ 2,2 bilhões, vai gerar 855 megawatts (MW). As obras estão sendo tocadas por 2,2 mil operários e têm como empreendedores CPFL, Furnas e Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT). O presidente chegará ao canteiro de obras por volta de 15h30min e, depois, retornará para Brasília.
A solenidade marcará o início da concretagem estrutural da hidrelétrica. As obras começaram em dezembro passado e a previsão de conclusão é de 50 meses, com o primeiro gerador funcionando em 2010.
Durante o período, além de arrecadarem impostos, em torno de R$ 16 milhões em Imposto sobre Serviços (ISS), os municípios localizados na região serão beneficiados com a execução de 32 programas sócio-ambientais e com a geração de cerca de 6 mil empregos. Atualmente, 2,2 mil operários trabalham na obra. Após a entrada da hidrelétrica em operação, serão repassados, também, mais de R$ 12 milhões por ano em royalties, que serão divididos entre os municípios atingidos e os Estados.
O empreendimento é gerenciado pelo Foz do Chapecó Energia SA, detentor da concessão da usina. A CEEE-GT tem uma participação de 9%, e as empresas CPFL e Furnas, 51% e 40%, respectivamente. O Consórcio Volta Grande, o empreiteiro responsável pelas obras, é constituído pelas Camargo Corrêa, CNEC e Alstom.
De acordo com o presidente do grupo CEEE, Delson Martini, membro do Conselho de Administração do Órgão Nacional do Sistema (ONS) - entidade que controla o sistema elétrico nacional - , o Brasil precisa agregar anualmente cerca de 4 mil MW, o que mostra a importância da obra, considerada a maior obra de geração de energia hidrelétrica em andamento no país atualmente.
Para Martini, a participação da CEEE em empreendimentos dessa dimensão e importância proporcionará uma redução da dependência energética de outros Estados, "revelando a preocupação do governo com a geração de energia, base para o desenvolvimento da infra-estrutura e da economia do Rio Grande do Sul".
Antes da solenidade, o presidente Lula preside, em Florianópolis, a solenidade de federalização do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc).
A hidrelétricaCapacidade: 855 MW
Municípios afetados no RS: Alpestre, Nonoai, Rio dos Índios, Faxinalzinho, Erval Grande, Itatiba do Sul e Barra do Rio Azul
Municípios afetados em SC: Águas de Chapecó, Caxambu do Sul, Guatambu, Chapecó, Paial e Itá
Investimento: R$ 2,2 bilhões
Empregos gerados: 6 mil
Início da implantação: dezembro de 2006
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Zero Hora, 05/10/2007)