-A operação de limpeza na Baía de Guanabra, no que depende da Petrobras, está completa, mas a recuperação da área não se dá apenas pela limpeza em si. Há um processo natural de recuperação dos manguezais. A avaliação é de engenheiro Flávio Torres, coordenador, nomeado pela companhia, dos projetos de monitoramento da Baía de Guanabara, de repovoamento de caranguejos e de implantação do sistema informatizado para atendimento a emergências. De acordo com ele, a Petrobras deu início em setembro de 2000 à limpeza na região, após o derramamento de 1,8 milhão de litros de óleo, registrado em janeiro daquele ano. -Em abril deste ano foi completado o traballho de limpeza grossa. Depois, foi mantida uma equope de plantão que, sob chamada, ia realizando tarefas complementares, como intensificar a retirada de óleo da areia, problema que às vezes ficava mais crítico por causa do movimento das ondas. Torres ressalta que os piores impactos, especialmente no que diz respeito à mortandade de peixes, já estão minorados. Segundo ele, a Petrobras deciciu povoar o mangue local com caranguejos. -Essa fauna aparentemente não sofreu prejuízos com o acidente, mas a Petrobras resolveu colocar 2 milhões de larvas para a reposição em larga escala. Esse projeto foi tão bem-suecedido que já estamos avaliando a possibilidade de implantá-lo em outras áreas degradadas, para manejo sustentável.