Pouso Novo - A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), em conjunto com a prefeitura e a Emater/RS, com apoio da Fepam e Comitê de Suinocultura do Codevat, realizou ontem, nas dependências do CTG Tropilhas da Serra, o curso sobre a gestão ambiental na propriedade suinícola. Mais de 50 pessoas, entre prefeitos, técnicos e produtores participaram do curso representando os municípios de Pouso Novo, Coqueiro Baixo, Fontoura Xavier, São José do Herval, Campos Borges, Progresso e Nova Bréscia.
A primeira palestra foi ministrada pelo coordenador do Sistema Integrado de Gestão Ambiental (Siga-RS), Niro Afonso Pieper, que falou sobre as políticas de regularização das atividades agropecuárias no Estado, mostrando os instrumentos legais que precisam ser seguidos para os produtores de suínos. "O agricultor deve ter conhecimento das boas práticas de produção e colocar em primeiro lugar a questão da preservação ambiental", afirmou Pieper.
O engenheiro agrônomo da Emater, Henrique Bartels, palestrou sobre o impacto ambiental da atividade suinícola, mostrando a melhor localização de uma pocilga e os aspectos ambientais que precisam ser respeitados.
Bartels também mostrou como deve ser feito o uso racional da água na propriedade e na criação de suínos, especialmente no manejo dos dejetos. "Muitas vezes não é preciso um grande investimento para adaptar a pocilga para reduzir o consumo de água. Basta uma pequena adaptação ou modificar a instalação de torneiras e registros e já se torna possível um ganho significativo no consumo de água e por conseqüência a redução na quantidade dejetos", afirma.
Os critérios técnicos e procedimentos de licenciamento ambiental foram temas da palestra do engenheiro agrônomo da Fepam, Luiz Fernando Rocha. Ele enfatizou as exigências do Código Florestal e do Código Sanitário e transmitiu orientações aos produtores para o enquadramento e evitar problemas com a legislação e com o meio ambiente.
O prefeito de Pouso Novo, Adilvo Buffé, questionou os atuais projetos de chiqueirões apresentados pelas indústrias integradoras. Ele citou várias deficiências em que não seriam respeitadas questões ambientais. "Enquanto o agricultor se preocupa em preservar o meio ambiente e trabalha para ter dias melhores, as empresas visam apenas o lucro", afirmou Buffé.
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O Informativo do Vale, 03/10/2007)