Tão rapidamente como espocou, a febre internacional do etanol começa a mostrar torniquetes. Nos EUA, dezenas de projetos de fábricas do biocombustível estão sendo engavetados ou suspensos, em decorrência de uma combinação desfavorável de mercado.
Por um lado, o setor se queixa de que já existe oferta muito grande de etanol para uma demanda pequena diante do projetado. De outra parte, os investidores estão pisando no freio por causa do elevado preço de milho, insumo mais utilizado para o etanol.
Em um ano, a cotação do grão escalou quase 50% na Bolsa de Chicago - justamente por causa da demanda para biocombustível. Para os empresários americanos do setor, com os atuais valores do milho, a produção de etanol não compensa. Mesmo com o petróleo a US$ 80.
(Por Lurdete Ertel,
Zero Hora, 03/10/2007)