Já são considerados os piores incêndios da última década no Líbano. Para trás ficaram mais de dois mil hectares de florestas e bosques destruídos e um morto e dezenas de feridos. Os bombeiros conseguiram dominar as chamas na maior parte das regiões mas hoje continuam a combater um incêndio no Norte do país, entre Qbeyyat e Andaqt. A Itália, Chipre e Jordânia já enviaram helicópteros para ajudar os bombeiros libaneses a lutar contra novos incêndios.
Uma idosa da região de Deir al-Qamar, na montanha de Chouf, morreu ontem ao ter inalado fumo. Cerca de 50 pessoas, entre as quais muitos voluntários que combatiam as chamas, foram tratados por problemas respiratórios, disse Mounir Bou Ghanem, presidente da Associação para o Desenvolvimento e Conservação das Florestas.
Ghanem, que advertiu que as cinzas podem causar reacendimentos, descartou origens criminosas. “A negligência é a causa directa. Não é um incêndio de origem criminosa”.
De acordo com Ghanem, o Governo deve criar uma agência especializada para seguir de perto o estado das florestas, caso contrário, “este tipo de desastre ecológico vai repetir-se todos os anos”. “Outubro e Novembro são os dois meses mais perigosos. A terra está negligenciada e, com a seca, a biomassa tornar-se um perigoso combustível”, explicou. Várias florestas que arderam duas vezes em dez anos são consideradas como perdidas, disse.
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AFP, 03/10/2007)