O Centro Ecoceanos exigiu hoje do governo chileno iniciar uma investigação para identificar a área geográfica e as companhias salmoneiras responsáveis por continuar utilizando o químico proibido verde malaquita em seus processos produtivos. Isto, logo que autoridades sanitárias de Taiwán detectaram na semana passada meia tonelada de salmão proveniente do Chile contaminada com resíduos de leuco verde malaquita.
Segundo o diário eletrônico Chinapost, o Escritório de Sanidade de Alimentos da província China de Taiwan informou que 523 kg de salmão, importados por uma filial da companhia Costco Kaohsiung, foram retidos na aduana local. Estes produtos continham 1.7 ppb de verde de leucomalaquita. A utilização e presença de resíduos deste químico em alimentos estão totalmente proibidas no Chile e Taiwan por suas propriedades cancerígenas.
Diante deste novo achado, Ecoceanos solicitou ao governo informação do porque o sistema de controle sanitário chileno não detectou a presença deste químico ilegal, o que já foi advertido por autoridades sanitárias asiáticas.
"Exigimos junto com as organizações de pesca artesanal e de consumidores nacionais e internacionais que o Governo chileno investigue e leve aos tribunais as irresponsáveis empresas da indústria do salmão que continuam violando sistematicamente a lei, contaminando valiosos ecossistemas aquáticos nacionais e colocando em risco a saúde dos consumidores internacionais", afirmou o Centro Ecoceanos.
Também, "queremos ver como funciona o sistema que deve assegurar aos consumidores a inocuidade dos produtos derivados do cultivo de salmão". O Centro Ecoceanos informou ainda que as organizações de consumidores da Europa e Estados Unidos que são parte da coalizão Pure Salmón Campaign sobre este novo achado de químicos ilegais.
"É necessário que os consumidores internacionais consultem o Governo do Chile e as empresa salmoneiras que exportam tais mercados, sobre os tipos e quantidades de químicos -inclusos antibióticos-, usados em sua atual produção de salmão de cultivo", agregou Ecoceanos.
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Adital, 02/10/2007)