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monsanto cerrado
2007-10-02
O recurso foi destinado ao Earthwatch Institute e ao já parceiro Fundo para Conservação da Onça-Pintada

A Fundação Monsanto disponibilizou US$ 420 mil para o Earthwatch Institute, organização voluntária internacional que apóia a pesquisa científica e oferece ao público em geral oportunidades de trabalhar junto a grandes cientistas e pesquisadores de campo. Outros US$ 161 mil seguiram para o Fundo para Conservação da Onça-Pintada, entidade-parceira que, em 2006, já havia recebido US$ 83 mil para o início do trabalho de pesquisa e preservação da onça-pintada, uma das espécies de carnívoros mais ameaçadas do País.

De acordo com a gerente de Comunicação e Responsabilidade Social da Monsanto, Cristina Rappa, “com a nova parceria com o Earthwatch Institute, a empresa amplia seu apoio a iniciativas de preservação do Cerrado, complementando ações de incentivo à adoção de práticas conservacionistas naquela área com a educação de fazendeiros e comunidade locais. Além disso, estende o trabalho a outros biomas brasileiros, ao apoiar o trabalho conduzido pelo Fundo para Conservação da Onça-Pintada, que executa os projetos de pesquisa no campo”.

Para John Jorgenson, diretor de Comunicação e Marketing do Earthwatch Institute, o trabalho em parceria com o Fundo para a Conservação da Onça-Pintada, que engloba, inicialmente, o período de 2007 a 2010, traz a oportunidade aos produtores rurais, escolas e líderes da comunidade de participarem na pesquisa de campo no entorno do Parque Nacional das Emas, mais especificamente na região do Corredor de Biodiversidade do rio Araguaia. “Vamos recrutar pessoas dos diversos segmentos envolvidos - meio ambiente, proprietários rurais, escolas - para participarem de oficinas que ensinam as complexidades e demandas do hábitat e sua relação com a agricultura. A idéia é fazer com que esse público trabalhe com, entre outros, o biólogo Leandro Silveira, presidente do Fundo para Conservação da Onça-Pintada, que coleta dados para estudar o ecossistema e a conservação da onça-pintada”, explica. “O objetivo desse trabalho é examinar populações da onça-pintada, compreendendo o movimento e as necessidades desse mamífero dentro de áreas agricultáveis, principalmente as de soja e milho”, completa Jorgenson.

Projeto
Na primeira fase do projeto, segundo o diretor do Earthwatch, serão escolhidos fazendeiros e líderes da comunidade, entre eles professores, que irão contribuir na coleta de informações sobre o impacto da agricultura sobre o hábitat da onça-pintada. “Eles serão envolvidos no levantamento de dados sobre a movimentação da espécie e coletarão dados através de armadilhas fotográficas, entrevistas com outros fazendeiros, entre outros. Com os dados levantados, formaremos a base para discussão na segunda fase do projeto”, declara Jorgenson.

Paralelamente a este trabalho, serão realizadas oficinas, nas quais será possível trocar informações e experiências entre o público participante do projeto e, assim, levá-las depois às salas de aula, outras fazendas e comunidades no Cerrado, auxiliando, assim, na preservação da onça-pintada e, conseqüentemente, na própria biodiversidade do Cerrado.

Fundo para a Conservação da Onça-Pintada
A Fundação Monsanto apóia, desde 2006, o Fundo para a Conservação da Onça-Pintada no trabalho de pesquisa e preservação da onça-pintada, uma das espécies de carnívoros mais ameaçadas do País. O recurso inicial de US$ 83 mil foi aplicado no levantamento de informações históricas e atuais sobre a distribuição da onça-pintada no Brasil, o que permitirá, através desse mapeamento, traçar estratégias de conservação para a espécie.

A nova verba à ONG, de US$ 161 mil, será destinada para o desenvolvimento de uma pesquisa nos biomas Cerrado, Pantanal, Amazônia e Caatinga, cuja base se dará sob o foco de um trabalho educativo com pecuaristas e crianças de escolas locais em relação às suas percepções sobre a onça-pintada e seu ambiente, o que influencia diretamente na vontade de preservá-los ou não. “Temos a tendência de proteger espécies que admiramos por serem bonitas, fortes ou exóticas. Mas eliminamos espécies que competem com os nossos interesses econômicos ou que tememos por poder nos atacar ou até matar. A onça-pintada é uma das espécies que causa as duas reações, sendo admirada por beleza e força e, ao mesmo tempo, considerada um animal a ser eliminado porque ataca rebanhos domésticos”, explica Leandro Silveira, presidente do Fundo.

De acordo com o biólogo, entender a relação entre a percepção das pessoas sobre a onça-pintada e como a espécie utiliza áreas de agricultura e pecuária será fundamental para desenvolver um programa de educação ambiental, que mostrará o papel ecológico da onça-pintada no seu ambiente. O biólogo acredita que as entrevistas vão revelar os maiores conflitos locais entre os homens e a onça-pintada e, nesse sentido, direcionar futuras ações de manejo e conservação. “Por exemplo, onde existem conflitos com pecuaristas por causa de predação de rebanhos domésticos, futuras ações devem enfocar métodos para minimizá-la, ao passo que onde a população local é o principal competidor com a onça-pintada, por se alimentar das mesmas espécies-presas, o esforço deverá ser direcionado em melhoria da qualidade de vida e busca de novas fontes de alimentação para a população local”, esclarece.

Em um segundo passo, as informações levantadas serão usadas na confecção de um livro, onde as próprias crianças serão responsáveis pelas ilustrações. A idéia é utilizar as informações científicas para ilustrar, sob a ótica e percepção da criança, o ambiente do respectivo bioma e informar sobre os aspetos mais importantes do comportamento e ecologia dos mamíferos da região, tendo como foco principal a onça-pintada. “Queremos distribuí-lo nas escolas locais, a fim de que seja usado em um trabalho de educação ambiental”, afirma Leandro Silveira.

Preservação da biodiversidade do Cerrado
Pioneira no desenvolvimento de produtos com tecnologia de ponta na área agrícola, a Monsanto busca soluções que proporcionem aos agricultores melhor produtividade das lavouras, menores custos de produção e alimentos mais saudáveis. Mas a empresa acredita que tão importante quanto isso está o investimento em práticas conservacionistas, que garantam a sustentabilidade dos recursos naturais e, portanto, da própria produção agrícola.

Ao incentivar a adoção de práticas de agricultura sustentável, como o plantio direto, a rotação de culturas e o uso racional de agroquímicos, a Monsanto apóia e estimula a preservação do Cerrado, entre outras importante regiões agrícolas brasileiras.

Em Goiás, na região de Cavalcanti, a Monsanto colaborou com a implantação da Reserva Natural Serra do Tombador, uma área de 8.700 hectares que tem como objetivo garantir uma faixa de proteção até o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

Earthwatch Institute
Fundado em 1971, o Earthwatch tem como missão envolver as pessoas, no mundo inteiro, com a pesquisa de campo e educação científicas para promover o entendimento e a ação necessários para um meio ambiente sustentável. Outras informações no www.earthwatch.org.

Fundo para a Conservação da Onça-Pintada
O Fundo para a Conservação da Onça-Pintada foi criado em junho de 2002 e tem como missão conservar a onça-pintada, suas presas naturais e seus hábitats ao longo de sua área de distribuição, assim como promover sua coexistência pacífica com o homem. É a primeira e única ONG dedicada especificamente a conservação da onça-pintada no Brasil. Com sede na região do Parque Nacional das Emas, em Goiás, onde se encontra a base de pesquisa com a espécie no Cerrado, a ONG também desenvolve estudos nos biomas Pantanal, Caatinga e Amazônia, abordando aspectos ecológicos, epidemiológicos, genéticos e mantendo um programa de monitoramento em longo prazo das populações de onças-pintadas estudadas em cada bioma.

(Envolverde / Assessoria, 01/10/2007)


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