Os países ricos destinam quase US$ 1 bilhão em subsídios à produção de etanol por mês, distorcendo o mercado internacional, segundo dados da entidade Global Subsidies Initiative. Para o Banco Mundial (BIRD), está na hora de se discutir o fim das barreiras tarifárias para o comércio do etanol. Segundo o banco, essa será a melhor forma de combater as mudanças climáticas, promover os biocombustíveis, gerar desenvolvimento e também evitar que as distorções no mercado com os altos subsídios sejam perpetuadas.
O tema está em pleno debate na Organização Mundial do Comércio (OMC). Pela Rodada Doha, que ainda não foi concluída, uma lista de bens ambientais seria criada e os produtos dessa classificação ficariam isentos de barreiras no mercado internacional. O Brasil quer a inclusão do etanol nessa lista.
No Parlamento Europeu, uma moção foi aprovada pedindo que a Comissão Européia elimine tarifas de importação no setor de bens e serviços ambientais. Mas tanto americanos quanto europeus se recusam a incluir o etanol na classificação. O argumento dos países ricos é de que a lista deve incluir apenas produtos industriais.
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O Estado de S.Paulo, 01/10/2007)