A Comissão Mista Especial sobre Mudanças Climáticas realiza audiência pública nesta terça-feira (02/10) para discutir os desafios do setor elétrico em virtude do aquecimento global. Os parlamentares vão discutir o impacto que as mudanças climáticas devem provocar nas políticas públicas para o setor. Em setembro do ano passado, por exemplo, a organização WWF-Brasil divulgou um estudo, intitulado "Agenda Elétrica Sustentável 2020", examinando os caminhos e os desafios da produção de energia no Brasil.

No documento, a WWF alerta para o fato de que as escolhas do setor público no setor de energia elétrica nos próximos 15 anos serão cruciais para a segurança energética nacional, o desenvolvimento econômico e social e a proteção ambiental do País. A opção por termelétricas, em algumas regiões, por exemplo, vai provocar o aumento da emissão de C02 na atmosfera. Este é um dos temas que serão discutidos na audiência.

Foram convidados para o debate:
- o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Márcio Zimmermann;
- o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman;
- o representante da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape) Mário Menel;
- o diretor do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales;
- o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Vianna;
- o engenheiro da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget) Marcelo Lamar.

A audiência está marcada para as 14h30, na sala 19 da Ala Alexandre Costa, no Senado.

Audiências nos estados
A comissão, que tem prazo de funcionamento até 22 de dezembro, vem promovendo debates com o objetivo de sugerir medidas que contribuam para a redução, no Brasil, da emissão dos gases que provocam o aquecimento global. Além dos debates em Brasília, a comissão tem promovido audiências externas. O tema já foi discutido em Belém, Manaus, Palmas, Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo, e ainda será debatido em Cuiabá e Florianópolis.

(Agência Câmara, 01/10/2007)