O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado no início do ano pelo governo federal, já começa a transformar a cara do país. A Caixa Econômica Federal, principal executora e parceira do governo federal no programa, é responsável por cerca de 20% de todo o financiamento de obras e projetos que já começam a tomar forma em vários Est ados e municípios.
No Rio Grande do Sul, o impacto do PAC será ainda maior. No Estado, a Caixa será agente de 90% dos recursos a serem aplicados pelo governo federal, seja na forma de repasse ou de financiamento. Da previsão de R$ 1,6 bilhão de investimentos este ano, a Caixa será responsável por R$ 1,4 bilhão. Não é pouca coisa.
Só no mês de setembro o governo do Estado assinou 13 contratos dentro do Programa de Saneamento para Todos, financiado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). De um total de R$ 80,3 milhões que serão aplicados, a Caixa liberará R$ 72 milhões para obras em 13 municípios. Quase R$ 60 milhões serão aplicados em esgotos sanitários nas cidades de Capão da Canoa, Passo Fundo, Rio Grande e Santa Cruz do Sul. Outros R$ 21 milhões serão usados em obras de ampliação dos sistemas de abastecimento de água das cidades de Arroio do Meio, Cachoeirinha, Carlos Barbosa, Encantado, Gravataí, São Sepé, Sapiranga, Tramandaí e Viamão.
A capital do Estado, Porto Alegre, vai finalmente conseguir transferir 1,5 mil famílias residentes nas Vilas Dique e Nazareth, uma obra esperada há mais de 20 anos. A primeira etapa da transferência já foi assinada e, até o final do ano, será assinada a segunda etapa do projeto que prevê a remoção de todas as famílias restantes. A obra também permitirá a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, contribuindo para o incremento da economia de todo o Rio Grande. Ainda em Porto Alegre serão investidos R$ 319,5 milhões em saneamento.
Em todo o Estado, a Caixa tem também aplicado recursos expressivos em habitação. Os recursos para o financiamento habitacional têm sido ampliados a cada ano, batendo recordes sucessivos. Em 2006 foram aplicados R$ 1,2 bilhão com resultados socialmente relevantes. Cerca de 110 mil empregos foram gerados e 50.625 famílias atendidas, num total de 205 mil pessoas.
Este ano, pretendemos aplicar no Estado R$ 1,5 bilhão em financiamentos habitacionais. Com esse volume de recursos, estaremos contribuindo para a redução do déficit habitacional. E, o que é mais importante: contribuindo para que as famílias com renda de até cinco salários mínimos, público prioritário dos programas habitacionais do governo, tenham acesso a moradia digna.
VALDEMIR COLLA | Superintendente regional da Caixa em Porto Alegre
(
Zero Hora, 01/10/2007)