Em até 40 dias deve sair a licença ambiental prévia do complexo de biodiesel que a Cooperativa Mista de Produção, Industrialização e Comercialização de Biocombustíveis do Brasil (Cooperbio) e a Petrobras pretendem implementar em Palmeira das Missões. A expectativa é do presidente da Cooperbio, Romário Rossetto. Ele explica que a licença abrangerá a usina de biodiesel e uma unidade de esmagamento de óleo vegetal.
As estruturas serão montadas em uma área de 35 hectares. A Petrobras será responsável pelo investimento na usina, aproximadamente R$ 35 milhões, e a Cooperbio investirá em torno de R$ 45 milhões na unidade de esmagamento que terá capacidade para produzir cerca de 600 toneladas ao dia de óleo vegetal. Além dessa unidade de esmagamento, a cooperativa pretende implementar mais quatro estruturas menores nos municípios de Frederico Westphalen, Novo Barreiro, Sarandi e Coronel Bicaco. Em cada um dos projetos, mais R$ 3 milhões devem ser empregados.
A usina de biodiesel deverá ter capacidade para uma produção 50 mil toneladas ao ano. A oleaginosa mais utilizada no processo será a soja, mas também serão usadas como matérias-primas canola, girassol e mamona. A parceria entre a cooperativa e a Petrobras havia sido anunciada em outubro do ano passado e, na ocasião, se falava em uma capacidade de produção de 100 mil toneladas por ano de biodiesel. Rossetto explica que o estudo de viabilidade técnica, econômica e socioambiental apontou a conveniência de reduzir o tamanho do projeto. No entanto, existe a possibilidade de duplicar o empreendimento em uma segunda etapa, atingindo assim os números originais.
Na primeira fase do projeto, a produção das oleaginosas se dará em 100 mil hectares, envolvendo 63 municípios da região do entorno da usina e cerca de 12 mil famílias de produtores rurais. Rossetto revela que ainda falta a Petrobras bater o martelo sobre o investimento da usina, mas o dirigente acredita que isso deva acontecer em breve. A previsão é de que a unidade de biodiesel entre em operação no primeiro semestre de 2009.
A iniciativa da Cooperbio está bem mais adiantada do que a da Cooperativa de Biocombustíveis da Região do Pampa Gaúcho (Biopampa). A parceria da Biopampa e Petrobras para implementar uma usina de biodiesel na Metade Sul do Estado foi anunciada no mesmo dia do acordo com a Cooperbio. Mas no momento, a efetivação do projeto da Biopampa encontra-se indefinida.
(
JC-RS, 01/10/2007)