São Leopoldo - Moradores do bairro Cohab-Duque vêm reclamando de uma área particular que vem sendo utilizada para depósito de lixo na região. Segundo informações, caminhões podem ser vistos com freqüência deixando lixo no local, que também é alvo de depósitos de outros moradores. No terreno, podem ser encontrados sofás, entulhos de construção, restos de podas e até mesmo animais mortos. O lixo vem atraindo ratos para as casas mais próximas.
A situação vem gerando transtornos à metalúrgica Maria de Lurdes Gonçalves. Moradora da Avenida das Américas há mais de 20 anos, Maria vem tendo problemas com a constante invasão de sua casa por ratos e insetos, vindos de entulhos depositados no local, um terreno na rua Ermelindo Vanieri, que passa ao lado de sua propriedade. Segundo a moradora, pedidos insistentes vêm sendo registrados junto à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam), sem sucesso, para que o proprietário do terreno seja notificado e resolva o problema.
“Há mais de um ano que estou lutando, mas não tem jeito”, reclama Maria. No terreno em questão, diversos caminhões, segundo a metalúrgica, despejariam lixo diariamente. A moradora afirma que, após várias reclamações, parte do lixo teria chegado a ser enterrada no local. Em um dos pedidos da metalúrgica junto à Prefeitura, Maria teria ouvido como resposta que fosse contratado, por ela, um serviço de recolhimento de entulhos, para que o lixo despejado irregularmente por outros moradores fosse depositado no equipamento.
Segundo o coordenador de Fiscalização Ambiental da Semmam, Joel Garcia Dias, a área é licenciada para receber resíduos de classe 3, que são aqueles que degradam-se lentamente, como entulhos de demolição, pedras e areia. Restos de poda de árvores também são relacionados nessa categoria. Além disso, o proprietário da área também tem permissão para a retirada de terra do local. Ainda de acordo com o coordenador, a prática do enterro do lixo que os moradores afirmam ter testemunhado é permitida também.
“Não é para acontecer, mas não descartamos a possibilidade de resíduos de classe 2, que são contaminantes, terem sido enterrados junto”, afirma Dias. O coordenador adianta que a Semmam deve vistoriar a área ainda hoje para verificar se apenas resíduos do tipo correto estão sendo depositados. Existe a suspeita de que serviços particulares de entulhos estejam depositando material proibido.
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Jornal VS, 01/10/2007)