Mineradoras brasileiras estão de olho na exploração do urânio, um mercado que movimenta US$ 12 bilhões por ano no mundo e do qual o Brasil está fora. A razão é o monopólio estatal determinado pela Constituição. Empresários do setor agora buscam apoio do Congresso para permitir a exploração privada do minério
Nos últimos anos, a demanda internacional cresceu a tal ponto que calcula-se que haja um déficit de cerca de 60 mil toneladas para atender aos interessados, que buscam fontes de energia limpa.
Nos últimos meses, o setor começou a se movimentar para conseguir flexibilizar esse monopólio e pressionar o governo a permitir que as empresas possam pesquisar e minerar o urânio em território brasileiro. O apetite das mineradoras cresce na mesma proporção dos preços internacionais. A cotação do produto passou de US$ 12 em 2004 a libra-peso (equivalente a 450 gramas) para U$ 90 em setembro. Em junho, a cotação chegou a US$ 135 - um salto de quase 1.000%.
(Por Gustavo Paul,
O Globo, 30/09/2007)