Tipo de trabalho: Dissertação de Mestrado
Instituição: Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EA/UFRGS)
Ano: 2006
Autor: Fernando Dal Zot
Resumo:
A era do petróleo parece estar chegando ao fim e novas fontes de energia, renováveis e mais amigas do meio ambiente, já estão disponíveis para a sociedade. Dentre essas fontes, o biodiesel vem chamando a atenção das autoridades pela sua compatibilidade com o diesel e pelo potencial de geração de riqueza no campo. A Lei 11.097/2005 autorizou a introdução do biodiesel no Brasil, obrigando a adição de 2% ao diesel de petróleo, a partir do ano de 2008. O biodiesel é um produto obtido da transesterificação de óleos e gorduras de origem vegetal, animal ou residual que possui características muito semelhantes ao diesel do petróleo. Sendo assim, não é preciso "reinventar o carro" nem modificar a distribuição para o consumidor final, visto que os motores a diesel podem rodar, facilmente, com porções de biodiesel ao diesel o qual pode ser comercializado nos atuais postos de combustíveis. Assim, é necessário estruturar a cadeia produtiva do biodiesel, para que se possa atender a uma demanda capaz de substituir 2% do diesel comercializado, a partir do ano de 2008. Diante disso, este trabalho visa a elaborar um modelo matemático, utilizando as técnicas da programação linear para auxiliar na decisão sobre a localização das futuras usinas de biodiesel e a sua estrutura de distribuição. Como cada Estado do Brasil poderá utilizar diferentes fontes de óleo vegetal, com base em suas características (geoclimáticas) para a produção de biodiesel, cada Estado poderá ter diferentes configurações da cadeia produtiva. Este trabalho testou o modelo no Estado do Rio Grande do Sul onde a tendência é produzir biodiesel a partir do óleo de soja. O modelo demonstrou, dentre as alternativas escolhidas e com base nas premissas assumidas ao longo deste trabalho, que uma usina de escala grande (120.000 toneladas/ano), localizada em Canoas, seria a alternativa que minimizaria os custos totais de transporte e de instalação. Entretanto, o modelo proposto é flexível para diferentes contextos e distintos parâmetros, adaptando-se às necessidades de cada região.