As operações contra a pesca predatória da lagosta no Espírito Santo realizadas de abril a agosto resultaram na aplicação de multas no valor de R$ 1.338.200,00. Mas o trabalho de fiscalização deu resultados: na chamada operação “Lagosta Legal”, realizada esta semana, não houve aplicação de nenhuma multa, segundo relato dos fiscais do Ibama.
No balanço das atividades de abril a agosto, a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com apoio da Polícia Militar Ambiental, inspecionou 667 embarcações. Além da multa de R$ 1.338.200,00, foram apreendidas 1.566 quilos de lagostas e 1.651 quilos de camarão.
Foram ainda apreendidas 242 redes caçoeiras. Essas redes são predatórias, pois além de arrasar tudo no fundo do mar, ainda capturam lagostas e peixes pequenos, que não são aproveitados.
Finalmente, este ano o Ibama proibiu o uso das caçoeiras e determinou o emprego de covos, armadilhas menos predatórias. Os pescadores inicialmente rejeitaram os covos e chegaram a queimar um barco do Ibama no litoral capixaba, além de realizar outros atos de protestos nos estados.
Agora, segundo relato de Tiago da Silva Calado e de José Ronaldo Pinheiro Costa, da fiscalização do Ibama, os pescadores admitiram que o emprego correto dos covos não lhes causa prejuízos. Reconheceram, enfim, que o emprego das armadilhas permitirá a recuperação dos estoques.
Segundo a fiscalização do Ibama, na chamada Operação Lagosta Legal, foram vistoriados 35 barcos. Também foram fiscalizados cinco restaurantes e dez peixarias e não foram encontradas irregularidades.
A operação está sendo realizada do Espírito Santo ao Amapá, durante toda esta semana. Participam a Marinha do Brasil, as polícias Federal, Rodoviária, Civil e Militar. A ação é preventiva, segundo o Ibama, e visa impedir a captura e o desembarque ilegal de lagostas das espécies verde e vermelha.
(Por Ubervalter Coimbra,
Século Diário, 28/09/2007)