A geopolítica do petróleo está sofrendo uma profunda transformação e as tradicionais empresas dos países ricos, que por décadas dominaram a produção mundial, estão sendo obrigadas a concorrer de uma forma cada vez mais acirrada com companhias dos países emergentes, como CNOOC e Sinopec (da China), Lukoil (Rússia), Petronas (Malásia) e Petrobras.
A análise é da Organização das Nações Unidas (ONU), que em um estudo publicado ontem aponta que a alta no preço do barril está fazendo com que vários países emergentes, que contam com reservas, estejam se aproveitando do momento para modificar suas leis, fazer novas exigências e cobrar altos impostos sobre as companhias estrangeiras.
Segundo o levantamento, a realidade é que o espaço de atuação das grandes multinacionais dos países ricos está diminuindo no setor do petróleo. Com o barril acima de US$ 70,00 e com grande parte das reservas em países emergentes, o poder de barganha dessas companhias está sendo minada. De acordo com a ONU, os países ricos ainda consomem mais da metade da produção de petróleo e gás no mundo. Mas apenas um quarto dessa produção está nas economias desenvolvidas.
(Monitor Mercantil, 27/09/2007)