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aracruz/vcp/fibria
2007-09-27
A concessão da licença ambiental para a nova unidade industrial de Guaíba é o passo que falta para a Aracruz submeter o seu projeto de expansão ao crivo dos seus acionistas. Até novembro a empresa espera receber a autorização da Fepam. Assim, o projeto poderá ser confirmado pelos investidores no final do ano.

O diretor de operações da companhia, Walter Lídio Nunes, destaca que a previsão é de iniciar as obras da fábrica em maio de 2009. No entanto, os trabalhos do projeto devem iniciar em março do ano que vem, com a compra de equipamentos. Alguns itens, como turbogeradores, deverão ser encomendados antes do referendo dos acionistas por conta da grande demanda internacional por equipamentos de geração de energia. "Os fornecedores estão pedindo 30 meses para entregar", destaca.

Depois da aquisição dos componentes, a companhia deve se dedicar aos processos de detalhamento do projeto e de preparação de mão-de-obra para a construção da unidade industrial. Ao todo serão empregados 5,5 mil trabalhadores na obra.
Os primeiros testes com a nova linha de produção devem ser realizados em dezembro de 2009. E o início da operação da unidade está programado para janeiro de 2010. Porém, início da produção pode esperar até 2015, dependendo do comportamento do mercado mundial de celulose.

A companhia vai aplicar US$ 1,55 bilhão na construção da nova planta industrial, aumentando sua produção de celulose no Estado de 450 mil toneladas/ano para 1,8 milhão de toneladas/ano. Ao todo serão aplicados US$ 2,05 bilhões no projeto de expansão da companhia no Rio Grande do Sul. O plano ainda inclui investimentos de US$ 350 milhões na base florestal e de US$ 150 milhões em infra-estrutura logística.

A base florestal da empresa no Estado será ampliada dos atuais 110 mil hectares para 250 mil hectares, sendo 90 mil hectares de área de preservação. Neste ano, a Aracruz já plantou 10 mil dos 23 mil hectares previstos. Segundo Nunes, não há atraso no cronograma de plantio nesse ano. "As licenças têm saído com regularidade", afirma o executivo.

Nunes acrescenta que a empresa não teme uma reviravolta nas regras de plantio com a definição das normas definitivas do florestamento por parte do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). O conselho já iniciou as discussões sobre o tema, mas ainda não tem prazo para publicar as novas regras.

Para Nunes, a tranqüilidade se justifica pelos resultados obtidos pelo plantio de florestas da empresa. "Há áreas que já passaram por sete ciclos de plantio onde a produtividade segue crescendo. Se houvesse degradação ambiental isso não ocorreria", afirma.

Ente os principais investimentos em infra-estrutura estão a construção de três novos terminais hidroviários em Guaíba, Rio Pardo e Cachoeira do Sul. Os dois primeiros devem começar a operar em 2011 e o terceiro deve ser concluído em 2015. Serão aplicados R$ 57,2 milhões para montar os portos. A empresa aposta no modal hidroviário para o transporte de madeira do centro-sul do Estado para a fábrica em Guaíba. Pelos rio Pardo e Jacuí devem passar 2,5 milhões de toneladas de madeira por ano, o que corresponde cerca de 50% do total que será movimentado pela Aracruz no Estado.

Outros R$ 225 milhões serão aplicados na construção de um novo terminal de carregamento de celulose em Guaíba, na formação de um sistema de barcaças, além de um terminal portuário em São José do Norte.

(JC-RS, 27/09/2007)


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