JACUÍ I TEM TRÊS SISTEMAS DE CONTROLE AMBIENTAL
2001-11-30
O controle das emissões aéreas da usina termelétrica de Jacuí I deverá ser realizado por meio de três sistemas. Segundo o engenheiro mecânico Tarcísio Isaía, responsável técnico pelos estudos e implantação de técnicas voltados às medidas de mitigação dos efeitos ambientais do funcionamento da usina, um desses sistemas é o precipitador eletrostático. Trata-se de um equipamento que coleta as partículas poluentes por meio de atração magnética no filtro. Posteriormente, os gases derivados das emissões passam por lavadores ou dessulfurizadores, que atacam as moléculas de dióxido de enxofre (SO2), presentes no carvão, por meio de reação química com cal hidratado. -A parte hidratada da cal ajuda a abater as partículas de SO2, sendo esta uma técnica adicional ao uso do precipitador, explica o engenheiro. Há também a necessidade de controlar as emissões de óxidos de nitrogênio (NO2 e NO), que consiste na terceir etapa. -Sempre que se queima um combustível, tem-se oxidação. A queima do carvão em presença do ar gera NOx porque o nitrogênio está contido no ar numa proporção de 78%. A oxidação do nitrogênio gera 95% de NO, que é um composto instável, e 5% de NO2. Ambos precisam ser tratados, diz. Esse tratamento é realizado por meio de queimadores de baixa emissão, a temperaturas inferiores a 800ºC, bem menores que as temperaturas convencionais de incineração, que ficam na faixa de 1200ºC. Isaía ressalta que nem todas as termelétricas apresentam essa tecnologia de controle de emissões. - A de Candiota, por exemplo, tem precipitador eletrostático, mas não tem o lavador de gases.