Governador Maggi afirma que o Ministério de Minas e Energia abandonou a idéia de geração de energia com o combustível em 2007 Retomada com diesel ainda depende da equação sobre quem vai bancar o custo
O funcionamento da usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá) a partir de gás natural está descartado até pelo menos o final deste ano. A informação foi dada pelo governador Blairo Maggi e atribuída ao Ministério de Minas e Energia (MME). "O ministério já abandonou a idéia de retomada a gás em 2007". Uma outra fonte, no Ministério de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, confirma que até ontem não havia previsão de quando o abastecimento será normalizado. O envio a Cuiabá está suspenso desde o dia 1º e a previsão inicial era de que o corte fosse mantido até domingo (30).
Faltando menos de quatro dias para terminar o contrato provisório entre a Yascimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), representantes da Ashmore, Shell e da Empresa Pantanal Energia (EPE) estiveram nesta terça-feira (26) com Maggi para pedir apoio político nas negociações com o governo boliviano no intuito de acelerar o fechamento do contrato definitivo, que deve ser assinado até domingo (30).
Depois da visita, o governador admitiu que vai intensificar os contatos com o governo federal e boliviano para intermediar as negociações, para que elas caminhem para uma resolução positiva ao Estado.
"O governo do Estado continuará envidando todos os esforços junto ao ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, bem como à Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para que seja encontrada uma solução compatível com os interesses de Mato Grosso e das empresas envolvidas na geração de energia".
Sobre o paralisação da termelétrica a gás este ano, o MME, informa via assessoria de imprensa, que não comentará sobre o assunto enquanto não tiver uma decisão oficial sobre a questão. Sobre a operação a partir de óleo diesel, que vem sendo negociada deste a semana passada, o ministério diz que as conversas continuam mas travam quando se quer definir quem arcará com aumento nos custos, já que a decisão está entre a EPE e Furnas, que é quem recebe a energia produzida pela usina em Cuiabá.
Desde a semana passada, a reportagem tenta conversar com um diretor de Furnas. Ontem, a assessoria de imprensa informou que não localizou nenhum diretor para dar entrevista.
(Por Fabiana Reis e Sandra Pinheiro Amorim,
A Gazeta, 26/09/2007)