Apesar do recrudescimento do temor mundial com a gripe das aves, a atenção com biossegurança foi reforçada no Estado nesta semana. Devido à circulação de participantes de diversos países no 20º Congresso Latino-americano de Avicultura, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) recomendou aos seus associados que evitem visita de estrangeiros em granjas e aviários, incubatórios para afastar qualquer tipo de contaminação direta.
A sugestão é que comitivas sejam recebidas apenas nos escritórios das empresa numa distância de pelo menos 50 quilômetros de locais onde há aves vivas. O congresso foi aberto ontem, no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, retornando ao Brasil 24 anos após a edição em Santa Catarina. A programação começa hoje com a mesa redonda estratégias para prevenção e controle da gripe das aves.
As indústrias do Rio Grande do Sul estão afinadas para a entrada em vigor da regionalização e querem ficar bem longe de qualquer risco sanitário, explica o diretor executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos. O procedimento é recomendado pelo Ministério da Agricultura, que conclui até o final de outubro as auditorias que estão sendo realizadas com o objetivo de definir a classificação sanitária de cada Estado.
O levantamento deveria ter sido encerrado neste mês, mas houve atraso devido à greve dos fiscais agropecuários. Ainda estão sendo auditados Rio de Janeiro, Distrito Federal e Estados do Nordeste. Segundo o coordenador do Programa Nacional de Sanidade Avícola, Marcelo Motta, a classificação deve sair em novembro. Os Estados serão ordenados em níveis de A a D.
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Zero Hora, 26/09/2007)