A comunidade do Parque Estadual da Ilha Grande vai participar do trabalho de coleta de sementes nativas utilizadas na restauração ecossistêmica de ecossistemas no Parque Estadual da região, na Costa Verde fluminense. Quinze mil metros quadrados serão restaurados nos próximos 12 meses, numa parceria entre o Instituto Estadual de Florestas (IEF), Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Baía da Ilha Grande (Consig) e Instituto Ambiental Vale do Rio Doce (IAVRD).
O projeto de restauração, orçado em R$ 1,5 milhão, está sendo custeado pela Vale do Rio Doce e prevê a restauração de áreas degradadas de floresta, restinga e manguezal. A produção das mudas acontecerá num viveiro construído especialmente para o projeto e que será aberto à visitação pública.
O investimento faz parte do plano de implantação e operação do parque, que tem como objetivo geral transformá-lo numa unidade modelo, com melhores condições de sustentabilidade e visitação.
A construção de nova infra-estrutura de apoio administrativo e de visitação, incluindo sinalização indicativa, está prevista no plano, que inclui a elaboração do Plano de Manejo do parque, instrumento indispensável para a gestão ambiental.
O treinamento de 25 moradores e técnicos já aconteceu nos últimos dias 11 a 13 deste mês de setembro, na sede do parque, em curso sobre coleta e beneficiamento de sementes ministrado pela professora Fátima Piña Rodrigues, da Universidade Federal de São Carlos (SP) e pela bióloga Juliana Freire, da Rede Mata Atlântica de Sementes Florestais (RioEsba).
Os participantes, além de noções sobre a nova legislação do setor de sementes florestais, aprenderam a identificar as principais espécies da ilha, a marcação e seleção de árvores matrizes e ao manejo das sementes. Também estiveram presentes ao curso o administrador do parque, João Emílio Fernandes Rodrigues; o diretor financeiro do Consig, Celso Castilho; e o engenheiro florestal Ciro Moura, representante do Instituto Ambiental.
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Envolverde/Agência Rio de Notícias, 26/09/2007)