A participação do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, na 62ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), causou prostestos e uma série de manifestações. Pouco antes de embarcar para o Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a polêmica em torno do presidente iraniano. Na avaliação de Lula, até agora o Irã não cometeu qualquer crime que exija sanções da ONU.
"Se ele quer enriquecer urânio, tratar a questão nuclear como uma coisa pacífica, como o Brasil faz, é um direito do Irã", disse o presidente. "Agora, todos nós, o Brasil, o Irã e qualquer outro país estamos subordinados às orientações da ONU."
Na abertura da assembléia, nesta terça-feira (25/09), o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, defendeu a luta contra a "tirania" e cobrou da ONU uma posição diante das violações de direitos humanos, com uma reforma no conselho que trata desse tema. Segundo Bush, no Irã a população vive com medo.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também fez referência ao Irã em seu discurso e afirmou temer que o desenvolvimento de tecnologia nuclear no país desestabilize o mundo, abrindo caminho para uma guerra.
No final da tarde, o presidente do Irã discursou na ONU e defendeu o programa nuclear desenvolvido no país. Ele criticou as "ocupações" estrangeiras em países com o Iraque ou na área do Oriente Médio reivindicada pelos palestinos.
(Por Juliana Cézar Nunes, Agência Brasil, 25/09/2007)