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emissões de gases-estufa
2007-09-26

O ministro cubano das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, alertou na segunda-feira, 24 de setembro, na ONU, que a situação do meio ambiente é agora muito mais grave que 15 anos atrás. Ao intervir na reunião de alto nível sobre mudança climática convocada pelo secretário-geral Ban Ki Moon, Pérez Roque advertiu que resta menos tempo para enfrentar a crítica situação do entorno.

Referindo-se à Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada há três lustros, e ao discurso pronunciado ali pelo presidente cubano, Felipe lembrou que, nesse dia, Fidel Castro advertiu: "Uma importante espécie biológica está ameaçada de desaparecer pela rápida e progressiva liquidação de suas condições naturais de vida: o homem".

O chefe de Estado cubano também exigiu ali "menos luxo e menos esbanjamento nuns poucos países para que haja menos pobreza e menos fome em boa parte da Terra". Mencionou as evidências científicas e as comprovações práticas e apontou que "só um irresponsável poderia questioná-las". Pérez Roque expressou que "fica cada vez mais claro que não se poderá enfrentar esta situação dramática, se não mudarem os padrões atuais de produção e consumo insustentáveis".

Esses padrões são "apresentados como o sonho a ser conquistado, por meio de uma inescrupulosa e permanente campanha publicitária global, na qual se investe US$1 milhão a cada ano", afirmou.

O ministro cubano responsabilizou as nações desenvolvidas pela situação criada, pois, apesar de emitirem "76 % dos gases de efeito estufa acumulados desde 1850", e de que deveriam assumir o peso principal da mitigação do dano ao meio ambiente, fizeram pouco ou nada nesse sentido e "suas emissões aumentaram mais de um 12% de 1990 a 2003, e as dos Estados Unidos, em particular, aumentaram para mais de 20%".

Diante desse panorama, salientou que esses países "devem começar a cumprir os modestíssimos compromissos do Protocolo de Kyoto e assumir metas para reduzir as emissões a partir de 2012". Disse que o problema não será resolvido comprando aos países pobres sua cota, que qualificou de caminho egoísta e ineficaz. Acrescentou também que não é solução converter os alimentos em combustíveis, como propôs o presidente George W. Bush.

Pérez Roque frisou que se precisa de muita decisão política e coragem para travar esta batalha e pôs como exemplo a experiência de Cuba. Considerou que a luta contra a mudança climática não pode ser obstáculo que impeça o desenvolvimento dos mais de cem países que ainda não conseguiram. "Eles não são responsáveis históricos pelos fatos ocorridos", expressou.

O chanceler rejeitou "as pressões para que os países subdesenvolvidos adotem compromissos vinculantes para a redução de emissões". Também se pronunciou pelo aumento da parte das emissões globais que cabem aos países subdesenvolvidos para satisfazer as necessidades de seu desenvolvimento econômico e social; e instou "à efetiva transferência gratuita de tecnologias e ao treinamento do pessoal em nossos países".

O ministro expressou as aspirações de Cuba na próxima Conferência de Bali, Indonésia, em dezembro. Falou particularmente "de um mandato claro para que os países desenvolvidos reduzam para o ano 2020 suas emissões em não menos de 40% em comparação com as de 1990". "Da mesma maneira, esperamos a entrega de recursos novos e adicionais, e a adopção de mecanismos de apoio financeiro aos países subdesenvolvidos para a implementação de nossas estratégias de adaptação".

Pôs de exemplo que se fosse dedicada apenas para este fim a metade do dinheiro que os países subdesenvolvidos devem pagar a cada ano pelo serviço oneroso de uma dívida que não deixa de crescer, se poderia dispoir de mais de US$200 bilhões anuais. Outra alternativa apresentada pelo ministro foi de "dedicar apenas a décima parte daquilo que a única superpotência militar do planeta destina a despesas de guerra e armamentos". A respeito disso, afirmou que "teríamos disponíveis mais US$50 bilhões. Há dinheiro, mas precisa-se de decisão política".
(Granma, 25/09/2007)


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