O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou durante seu discurso na abertura da Assembléia Geral da ONU, em Nova York, que ''a eqüidade social é a melhor arma contra a degradação do planeta''.
Lula afirmou que a comunidade internacional precisa ''reverter essa lógica aparentemente realista e sofisticada, mas na verdade anacrônica, predatória e insensata, da multiplicação do lucro e da riqueza a qualquer preço''.
''Não nos iludamos - se o modelo de desenvolvimento global não for repensado, crescem os riscos de uma catástrofe ambiental e humana sem precedentes'', disse o presidente.
O presidente afirmou ainda que o Brasil vai sediar uma nova conferência ambiental, nos moldes das Rio 92, em 2012. A nova reunião será chamada Rio + 20.
O presidente disse que ''cada um de nós deve assumir sua parte nesta tarefa''. Mas acrescentou não ser ''admissível que o ônus maior da imprevidência dos privilegiados recaia sobre os despossuídos da terra''.
De acordo com Lula, cabe às nações em desenvolvimento dar o exemplo. Lula voltou a fazer crtícas aos países ricos ao tratar de temas que vêm travando os avanços da Rodada de Doha de liberalização do comércio mundial.
''São inaceitáveis os exorbitantes subsídios agrícolas, que enriquecem os ricos e empobrecem os pobres. É inadmissível um protecionismo que perpetua a dependência e o subdesenvolvimento''.
Segundo Lula, ''o Brasil não poupará esforços para o êxito das negociações, que devem beneficiar sobretudo os países mais pobres''.
(BBC, 25/09/2007)