Sair pelas ruas procurando por materiais recicláveis tornou-se um fonte interessante de renda para muitas pessoas, principalmente aquelas que estão desempregadas. Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, ajuda a manter as cidades mais limpas. Por isso, a concorrência para conseguir a maior quantidade de latas de alumínio, garrafas de plástico e papéis usados é acirrada.
A disputa por este tipo de matéria-prima é refletida no mercado. A constatação é de uma pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro em Belo Horizonte, nos dias 18 e 19 de setembro. O levantamento verificou os valores pagos pelo quilo da lata de alumínio e pelo lacre, além da garrafa pet.
Os números da pesquisa indicam que os ferros-velhos pagam de R$ 2,20 a R$ 3,6 pelo quilo da lata, o que corresponde a 67 unidades. A variação dos preços chega a 63,64%. Em 2005, quando o mesmo levantamento foi feito, o preço por um quilo era de R$ 2,74 em média
Em relação ao lacre ou anel da lata, o menor valor verificado pela pesquisa é de R$ 3,00 e o maior R$ 3,60, representando uma diferença de 20 %. Já no levantamento anterior , o valor era menor, R$ 2,76.
A maior variação aparece nos preços pagos pelo quilo da garrafa pet. O menor é de 0,20 e o maior R$ 0,50. Em 2005, valor mais baixo encontrado era de R$ 0,29.
Na opinião do diretor-excutivo do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, a variação nos preços ocorre devido à falta de informação das pessoas que sobrevivem às custas da reciclagem “A exploração do mercado faz com que haja tanta diferença dos preços”, explica o diretor. A saída, segundo Feliciano, seria a criação de mais cooperativas, possibilitando negociações mais justas.
(Por Rafael Passos,
Portal Uai, 25/09/2007)