A notícia de que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) finalizou as vistorias das áreas para florestamento e vai agilizar as liberações no Estado aumentou a apreensão do grupo de historiadores de Bagé, Camaquã e Candiota que temem o plantio de eucaliptos na área onde possivelmente ocorreu a Batalha do Seival.
O engenheiro florestal responsável pelo projeto técnico do plantio, Rodolfo César Perske, disse que até ontem não tinha nenhuma informação sobre a liberação da área e que tem uma reunião na próxima quinta-feira com a empresa Votorantim, quando vai saber se o plantio está apto a começar ou não.
A iminência do plantio preocupa os historiadores, que alegam que existem fortes indícios de que o marco do Seival indica o local onde ocorreu o combate que originou a proclamação da República Rio-Grandense, mesmo que o processo de comprovação científica ainda não tenha sido finalizado.
A propriedade é arrendada e os moradores não autorizaram contato. O desenrolar dos fatos leva a crer que o plantio será realmente realizado, já que a área é privada.
O presidente do Núcleo de Pesquisa Histórica Seival, em Candiota, Heitor Ferreira, diz que as manifestações de tentativa de impedimento da ação deverão continuar. “Sabemos que o local já foi demarcado e feito queima do pasto. Mesmo assim vamos continuar nos mobilizando em defesa da preservação do patrimônio histórico”, diz Ferreira.
(Minuano, 25/09/2007)