Em sua décima edição, o Diálogos da Cidade – Turismo apresentará hoje, 25, às 16h, o "Portal História Viva de Porto Alegre", projeto do Escritório Municipal de Turismo desenvolvido em parceria com o Atelier Alice Prati de Restaurações. O projeto vai recuperar a memória imaterial de Porto Alegre, constituída pelas referências culturais próprias da cidade, dos saberes e fazeres de seus habitantes.
A pesquisa, que trabalhará documentos originais, fotografias e depoimentos, irá abranger mais de 200 itens ligados a áreas como gastronomia, artes, patrimônio ambiental, arquitetônico e audiovisual, a história e fatos ligados à personalidades e acontecimentos que marcaram a vida da cidade, as tradições, usos e costumes nas diferentes épocas, desde a fundação de Porto Alegre aos dias atuais.
O objetivo do projeto é gerar conhecimento sobre o que constitui a memória intangível da cidade e fortalecer a identidade cultural do porto-alegrense. "Uma receita culinária, uma cantiga, as formas típicas de artesanato, um estilo arquitetônico desaparecem se não forem pesquisados, ordenados e continuarem a ser executados", observa a diretora-técnica do Atelier, Alice Prati. Na gastronomia, por exemplo, ela cita o peixe na taquara, originalmente porto-alegrense, e relaciona a receita à do acarajé, da Bahia, e do queijo de minas, de Minas Gerais, que integram oficialmente as memórias imateriais brasileiras e são produtos atrativos desses Estados. "Essas duas receitas estão seguras para as gerações futuras", ressalta Alice.
A pesquisa apontará também curiosidades, como o nome e o local onde vivia o primeiro morador de rua de Porto Alegre e o desconforto que o fato causou na Câmara de Vereadores. Ou, ainda, que o primeiro tango foi gravado em Porto Alegre e que o Monumento ao Expedicionário, de Antônio Caringi, é um mausoléo.
(Ascom Prefeitura de Porto Alegre, 25/09/2007)