O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta segunda-feira (24/09), durante o programa de rádio "Café com o Presidente", os resultados do último balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
"Os números são mais do que positivos. Veja, os números apresentados pela coordenação geral mostram que praticamente 80% das obras do PAC estão no ritmo adequado. Ou seja, isso era apenas 52% em abril. Apenas 9,7% das ações do programa foram classificadas como preocupantes, ou seja, aquela que tem uma ação na Justiça, aquela que tem uma ação no Tribunal de Contas, aquela que ainda não conseguiu licenciamento prévio."
O presidente afirmou que, a partir do ano que vem, o PAC vai começar a funcionar a todo o vapor. "O PAC está andando dentro daquilo que nós tínhamos programado, ou seja, é um acompanhamento sistemático, um acompanhamento envolvendo a imprensa, envolvendo a sociedade para que o PAC comece, a partir do ano que vem, a funcionar 100% a todo o vapor."
Para Lula, os bons números do PAC estão relacionados com o atual quadro da economia brasileira. "Na medida em que a economia está estabilizada, na medida em que a indústria cresce, na medida em que o comércio cresce, na medida em que a massa salarial cresce, e a inflação fica controlada, ou seja, o PAC na verdade é um desafio, não apenas para o governo, mas um desafio para a participação da iniciativa privada junto com o governo na construção da infra-estrutura que falta para o país. Eu, particularmente, estou convencido de que o crescimento do PIB, estou convencido de que o aumento do salário, estou convencido de que a queda do desemprego, o crescimento do consumo das famílias brasileiras, ou seja, são coisas extremamente importantes, e elas estão intimamente ligadas ao PAC."
O presidente ainda adiantou o que dirá esta semana na Assembléia Geral da Nações Unidas sobre o desempenho brasileiro no combate às mudanças climáticas. "Nós temos bons dados para mostrar nesse encontro. Ou seja, o plano de ação para prevenção e controle do desmatamento. Entre agosto de 2005 e julho de 2006, a taxa de desmatamento na Amazônia caiu 25%. A área desmatada no país baixou de 27 mil quilômetros quadrados em 2004, para 14 mil quilômetros em 2006. Esse desmatamento evitou a emissão de 410 milhões de toneladas de gás carbônico, evitou a destruição de 600 milhões de árvores e de mais de 20 mil aves e 750 mil primatas. Eu estou convencido de que o Brasil tem o que dizer em qualquer debate no mundo."
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Folha Online, 24/09/2007)