Um engenheiro de Santa Maria inventou um novo jeito de obter água aquecida. Um sistema de captação de energia solar permite que se tenha água quente usando placas de vidro e aço. O protótipo da invenção pode deixar a fase de testes e ganhar escala industrial. É nesse ritmo que segue adiante um sistema de captação de energia solar que permite aquecer a água de casa para o banho, por exemplo.
A idéia, desenvolvida pelo engenheiro elétrico Antonio Cezar Bellen Leite já é testada na sede campestre do Clube Dores, em Santa Maria, e em pouco tempo, poderá chegar às lojas, graças a uma parceria firmada entre ele e um empresário da cidade, que planeja criar uma fábrica para construir o produto.
Aos 59 anos, 30 deles dedicados à pesquisa de meios eficientes para economizar energia, o inventor bolou um esquema em que funcionam juntas a caixa dágua convencional, outra caixa revestida e térmica e placas planas coletoras, feitas de ácido inoxidável, cobertas por vidro e por onde a água passa para ser aquecida pelos raios do sol. Depois de ser armazenada e percorrer os canos do circuito, a água quente vai desembocar no tanque isolado de 500 litros, que a mantém quentinha por horas.
- Deste compartimento, o usuário receberá na torneira ou no chuveiro a água aquecida sem gastar nada de energia elétrica. Com o sistema, pode-se conseguir uma redução de até 40% na conta de luz. Além da economia - estima o inventor.
Antonio Leite comenta ainda que é difícil fazer uma previsão de custo final do produto para o consumidor agora, já que a etapa é de ajustes no projeto e busca de fornecedores de matéria-prima.
Encantado pela idéia de trabalhar com energia limpa, o empresário Odilo Pedro Marion, 65 anos, diretor-presidente do grupo Agrimec, localizado no Distrito Industrial, apostou suas fichas no projeto. Tanto é que estuda a automação de novas máquinas para fabricar, em série, os coletores solares.
- É uma tecnologia que o mundo inteiro quer. Está mais do que hora de levar isso a sério - afirma Marion.
(Zero Hora, 25/09/2007)