Estão suspensas, sem prazo de término, as emissões de autorizações e licenças ambientais para queimadas em pastagens. A decisão foi publicada ontem no Diário Oficial do Estado (DOE) pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). A portaria justifica que a limpeza de pastagens com foco vem causando um aumento nas ocorrências de incêndios florestais.
De acordo com a presidente do Imac, Cleísa Brasil da Cunha Cartaxo, a escassez de chuvas e a baixa umidade relativa do ar também influenciaram na decisão. "Tais condições climáticas contribuem para a ocorrência de novos sinistros, o que provoca prejuízos significativos aos ecossistemas e à saúde humana, causando também danos econômicos de grande magnitude", explica. Estão suspensas as autorizações e licenças ambientais para a queima.
Os processos administrativos em fase de análise no Imac também seguem as regras estabelecidas na portaria publicada no DOE. Proprietários de área rural que descumprirem a medida podem ser autuados pela fiscalização ambiental e ainda podem ser processados na Justiça comum. De acordo com o Imac, as equipes já estão atuando de forma integrada com outras instituições públicas do governo do Estado, das prefeituras e da União.
A suspensão vale somente para queimadas em pastagens porque, de acordo com estudos técnicos, a possibilidade de expansão das chamas a partir do capim para as áreas de floresta é bem maior que em roçados, por exemplo. O Imac também vai fiscalizar o cumprimento a lei com o novo equipamento de fiscalização ambiental adquirido em um convênio com uma empresa francesa. A resolução das imagens é de 9 metros quadrados.
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A Tribuna, 21/09/2007)