No município de Curitiba, a coleta seletiva de lixo é feita desde 1989. Hoje, o programa Lixo que não é Lixo abrange 100% da cidade, que produz cerca de 2,2 mil toneladas de resíduos sólidos por dia. Deste total, 550 toneladas são separadas pela população e encaminhadas para a coleta seletiva.
Estimular a reciclagem é um dos principais objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, lançada no dia 6 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e encaminhada ao Congresso Nacional.
De acordo a coordenadora de Resíduos Sólidos da prefeitura de Curitiba, Marilza Dias, a separação do lixo já está consolidada nos hábitos da população. E 20% dos resíduos produzidos são separados para reciclagem na cidade.
O lixo reciclável recolhido é encaminhado à usina de valorização de materiais, onde é separado e encaminhado para a comercialização. Os recicláveis também podem ser trocados por alimentos, por meio do Programa Câmbio Verde: quatro quilos de material reciclável valem um quilo de alimentos.
O programa também recebe óleo de cozinha usado, que é vendido a empresas para a fabricação de material de limpeza ou lubrificantes. Na troca, um litro de óleo usado vale dois quilos de alimentos.
Além da coleta seletiva, a capital paranaense faz uma coleta específica para lixo tóxico domiciliar, como pilhas, baterias e remédios. O lixo comum é destinado ao aterro sanitário, que também recebe os resíduos de mais 14 municípios da região metropolitana.
Para Marilza Dias, é possível mudar a mentalidade da população em relação aos resíduos sólidos, mas é preciso fazer um trabalho permanente de conscientização. “Nós temos programas de educação ambiental em escolas, condomínios, incentivando as pessoas a reduzir a geração de lixo, a optar por embalagens recicláveis e a encaminhar o material para a reciclagem”, afirma.
Ela lembra que uma nova campanha de sensibilização realizada no ano passado possibilitou aumento no índice de separação de recicláveis. “A partir do momento em que as pessoas se envolvem com a separação do lixo, é um hábito que se adquire que não se deixa mais”, conclui a coordenadora.
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Agência Brasil, 23/09/2007)