Gerador ecologicamente correto usa energia eólica para suprir necessidades de iluminação de residênciasFrederico Marinho consumiu seis meses no estudo e na montagem do equipamento
Um gerador eólico residencial, que capta a energia dos ventos, é o produto desenvolvido pelo empresário e estudante de engenharia mecânica Frederico Marinho, em seis meses de pesquisas. O trabalho foi elaborado a partir de estudos feitos por cientistas franceses e também da análise dos desenhos de antigos cata-ventos, usados na Europa na captação das águas de rios para uso em sistemas de irrigação de lavouras.
“Ao verificar esses sistemas, resolvi trabalhar num equipamento de rotação vertical, para o abastecimento de energia eólica para a iluminação de residências”, diz Frederico. Depois de quatro meses de estudo e dois de montagem do gerador, o produto está em fase de testes numa cobertura do Bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo o inventor, o equipamento é capaz de suprir toda a demanda por iluminação artificial de uma casa, reduzindo em 70% os custos mensais com energia elétrica.
Frederico informa que o gerador é feito com tubos de aço, rolamentos blindados e pás giratórias, fabricadas a partir de lâminas finas de aço carbono, e recebe acabamento de tinta epóxi. O conjunto, fixado numa base de aço parafusada no chão, é elevado em torre a oito metros acima do telhado da casa e interligado a baterias, que transferem a energia captada para o sistema de iluminação.
ESTÉTICA
A instalação do gerador é mais fácil nas edificações ainda em construção, mas há soluções estéticas satisfatórias para a adaptação do equipamento em imóveis prontos. O inventor adverte, porém, que o produto é capaz de gerar energia para abastecer lâmpadas de até 75 watts. “Acima disso, o sistema fica sobrecarregado”, admite, ao argumentar que na maioria das residências prevalece o uso de lâmpadas de 60 watts, o que torna viável a comercialização do gerador em alta escala.
Frederico prevê que dentro de dois meses poderá colocar o gerador no mercado, ao preço de R$ 3 mil a unidade. “Fora a instalação, que deve ficar em torno de R$ 200”, ressalta. O produto será fabricado pela empresa a Engemáquinas, de sua propriedade, e ele procura parceiros para a distribuição em larga escala.
(Por Denise Menezes,
Lugar Certo, 23/09/2007)