O presidente em exercício da União Europeia (UE), José Sócrates, vai hoje vincar que um futuro acordo (pós 2012) na luta contra o aquecimento global tem que ser baseado em objectivos quantificados e de cumprimento obrigatório. Na qualidade de presidente em exercício da UE, o primeiro-ministro discursa ao fim da manhã (horas locais) na abertura de uma conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas.
Na terça-feira, o primeiro-ministro português discursa na sessão de abertura da 62ª Assembleia-geral das Nações Unidas sobre estabilidade mundial e multilateralismo. Em relação ao seu discurso sobre alterações climáticas, hoje, na conferência de alto nível promovida pela ONU, José Sócrates disse aos jornalistas que manifestará a vontade da «Europa em permanecer na vanguarda do combate ao aquecimento global».
«A UE quer começar a desenhar já um quadro para um acordo global pós-Quioto em 2012. Se houver uma contribuição de outros países, a UE está disponível para reduzir as emissões de dióxido carbono em 30 por cento até 2020», frisou Sócrates. De acordo com o chefe do Governo português, «a UE considera que o ponto fundamental de um acordo pós-Quioto tem que ser baseado em objectivos quantificados obrigatórios e não apenas metas sem qualquer grau de cumprimento definido».
Neste ponto, o chefe do Governo português deixou uma crítica implícita à experiência que resultou do protocolo de Quioto, em que os objectivos ambientais tinham sobretudo um carácter voluntário em termos de cumprimento.
(Diário Digital / Lusa, 23/09/2007)