Implementada em 1992, a partir de uma experiência-piloto, a coleta seletiva em Belo Horizonte vem sendo ampliada gradualmente. Além do serviço prestado por catadores autônomos, a prefeitura é responsável por duas modalidades de coleta de resíduos recicláveis e mantem três estações de reciclagem do entulho resultante da construção civil.
- Desde 1993 estamos ampliando gradualmente o serviço, com uma perspectiva de destinação integral dos materiais recicláveis para cooperativas de catadores - afirma a superintendente de Limpeza Urbana do município, Sinara Meirelles.
De acordo com a época do ano, Belo Horizonte chega a recolher cerca de 4 mil toneladas de lixo por dia. Deste total, aproximadamente 3 mil toneladas/dia são resíduos domiciliares e 25% deles, recicláveis, segundo pesquisa.
- Isso não significa que eles serão reciclados, já que uma boa parte do material acaba contaminada por outros produtos. O papel pode estar disponível, mas sujo, com gordura, o que impede a reciclagem - explicou a superintendente.
Com a chamada coleta ponto-a-ponto, são recolhidas na capital mineira cerca de 100 toneladas mensais de resíduos reciláveis.
- Disponibilizamos para a população contêineres coloridos onde o material reciclável é depositado. A própria prefeitura os recolhe, de acordo com a freqüência estabelecida para cada ponto, e destina todo o material para os galpões
de catadores - acrescentou. Sinara Meirelles informou que há contêineres em cerca de 150 locais.
Já a coleta porta-a-porta é realizada por um caminhão que leva o lixo reciclável de 15 bairros da capital. A superintendente calcula que cerca de 150 mil moradores são beneficiados pelo serviço, que coleta em torno de 200 toneladas mensais. E destaca que todo o material é destinado às cooperativas e associações de catadores.
- Há ainda uma coleta que é realizada diretamente pelos catadores. Ela está associada principalmente aos grandes geradores de lixo, que doam o material aos catadores. Temos a informação de que, por mês, eles recebem cerca de 350 toneladas - explicou.
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Agência Brasil, 23/09/2007)