Entre os anos 2008/2011, a Petrobras vai expandir a produção de gás
natural do Brasil, hoje de 28 milhões de metros cúbicos/dia, para mais
de 70 milhões de metros cúbicos/dia. Esse volume futuro, somado aos 26
milhões de metros cúbicos/dia contratados da Bolívia, não significará,
ao final dos próximos quatro anos, uma maior oferta de gás à produção.
O novo combustível, observa o diretor-presidente da Sulgás, Arthur
Lorentz, formará a reserva técnica de gás necessária à operação das
usinas térmicas, que poderão ser exigidas caso confirmem-se as
previsões da ocorrência de apagões. Por isso, na reunião mensal dos
presidentes das companhias estaduais de gás de RS, SC, PR e MS, nesta
segunda-feira, na sede da Sulgás, um dos itens da agenda será o
desgargalamento da oferta de gás aos quatro estados. Por exemplo, dos
2,3 milhões de metros cúbicos/dia ofertados pela Sulgás para atender ao
mercado gaúcho, 1,5 milhão de metros estão disponíveis - a diferença é
para a usina a gás TermoCanoas. Em resumo, há gás para, no máximo, três
anos.
(Por Denise Nunes,
Correio do Povo, 23/09/2007)