A Brasil Ecodiesel negocia com a Petrobras um novo contrato para produção e retirada de biodiesel nas seis usinas da empresa no país. Neste ano, problemas na retirada do produto nas unidades fizeram a Brasil Ecodiesel parar a produção durante alguns dias, devido à ausência de locais para estocagem.
Trabalhamos para estabelecer um novo calendário de retirada do produto. Se nós não entregarmos o produto, teremos penalidades significativas; assim como a Petrobras, se não retirar o biodiesel explicou Jório Dauster, presidente do Conselho de Administração da Brasil Econdiesel. Ele acrescentou que as multas previstas no contrato inicial eram irrelevantes. Dauster classificou ainda os problemas entre as duas empresas como dores do parto inerentes à adoção do biodiesel no país.
A Brasil Ecodiesel colocará em prática ainda um plano para aumentar a capacidade produtiva do conjunto de suas usinas, dos atuais 640 mil metros cúbicos por mêspara 1,310 milhão de metros cúbicos de biodiesel. O custo, segundo Dauster, será equivalente ao da construção de uma nova usina: R$ 30 milhões.
O projeto de ampliação fez a empresa adiar para 2008 a construção de uma sétima usina, em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Depois da reforma das seis usinas existentes, a capacidade instalada da Brasil Ecodiesel será, segundo o executivo, suficiente para suprir o mercado brasileiro estimado de biodiesel. Essa previsão leva em conta a adoção do produto na mistura do óleo diesel, na proporção de 2% (B2), previsto para entrar em vigor em janeiro de 2008.
(Por Rafael Rosas,
Valor Online, 20/09/2007)