A senadora Fátima Cleide (PT-RO) registrou em Plenário a realização do 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta, que teve início na quarta-feira (19/09) e se estende até domingo (23/09) em Brasília. Os participantes do encontro entregaram aos parlamentares documento com críticas e propostas sobre temas como autonomia, educação, trabalho, geração de renda, segurança, direitos ao território e ao desenvolvimento e valorização de suas diferentes culturas e identidades.
Fátima Cleide lembrou sua própria história de nativa da região e sua identidade com o povo de Rondônia e com os povos da Amazônia, ao assinalar a importância do documento e do evento.
A senadora leu em Plenário o discurso proferido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a abertura do evento, no qual afirma que a sociedade deve agradecer aos povos da floresta "pelos passos firmes" com que hoje o país segue "o caminho do desenvolvimento sustentado e do respeito à diversidade". Em seu discurso, o presidente declara que os povos das florestas, "de forma precursora, levaram ao planeta uma das mais sofisticadas propostas de desenvolvimento para a humanidade".
O presidente, disse ainda a senadora, recorda a trajetória do líder seringueiro Chico Mendes, que demonstrou a possibilidade de conciliação entre progresso e respeito à natureza por meio da justiça social, sem que desenvolvimento e floresta sejam conceitos irreconciliáveis.
A senadora ressaltou ainda a menção especial que Lula fez à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por sua origem seringueira e seu passado como militante seringueira ao lado de Chico Mendes.
Fátima Cleide mencionou ainda os avanços obtidos na questão ambiental enumerados pelo presidente, com destaque para a redução em 50% no desmatamento da Amazônia nos últimos dois anos e de 75% na Mata Atlântica, o equivalente, segundo o presidente, a evitar o lançamento, na atmosfera, de 430 milhões de toneladas em emissões de gás carbônico.
Outras conquistas destacadas pelo presidente e reportadas por Fátima Cleide foram a homologação de 10 milhões de hectares de terras indígenas e a criação de 21 reservas extrativistas, num total de 10 milhões e 100 mil hectares, com o benefício de mais de 20 mil famílias.
(Por Cristina Vidigal, Agência Senado, 20/09/2007)