Cinco senadores que integram uma Comissão Temporária Externa estiveram nesta quinta-feira (20/09) nas instalações da empresa Pará Pastoril e Agrícola S/A (Pagrisa), na cidade de Ulianópolis (PA) para investigar denúncias de uso de trabalho escravo. Os senadores conversaram com funcionários da empresa e ouviram a defesa da Pagrisa.
Após a visita à empresa, os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Kátia Abreu (DEM-TO), Romeu Tuma (DEM-SP) e Cícero Lucena (PSDB-PB) não ficaram convencidos a respeito da procedência da denúncia. Eles poderão realizar uma audiência no Senado para ouvir os depoimentos de representantes da Pagrisa e de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, que autuou a usina de açúcar e álcool por uso de trabalho similar à escravidão.
Para a relatora da comissão externa, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), a Pagrisa parece oferecer condições necessárias de trabalho - opinião semelhante à do presidente do colegiado, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Segundo ele, o trabalho escravo seria caracterizado pela ausência de remuneração, do direito de ir e vir e de condições satisfatórias de saúde, o que não estaria ocorrendo na usina.
O senador Romeu Tuma (DEM-SP) afirmou que o assunto merece uma investigação profunda, inclusive por parte da Polícia Federal.
A Comissão Temporária Externa que investiga a denúncia foi criada a partir de requerimento do senador Flexa Ribeiro.
(Agência Senado, 20/09/2007)