Uma visita dos «Verdes Europeus» à central solar de Serpa, a maior do mundo, marca hoje o início de uma conferência sobre alterações climáticas e estratégias a adoptar na política energética e de transportes da União Europeia. A conferência, organizada pelo Grupo Verde/EFA no Parlamento Europeu e Partido Ecologista «Os Verdes», no quadro da Presidência Portuguesa da União Europeia, decorre hoje e sábado, em Lisboa.

Antes do início dos trabalhos, ao final da tarde de hoje num hotel da capital, uma delegação dos «Verdes Europeus» e dirigentes do partido ecologista português «Os Verdes» visitam, a partir das 10:30, a Central de Energia Solar Fotovoltaica de Serpa, a maior do mundo, que começou a produzir energia em pleno, no final de Março.

A delegação do Grupo Verde, que inclui o seu vice-presidente, Claude Turmes, e membros da Comissão de Energia e Transportes do Parlamento Europeu, serão acompanhados por dirigentes de «Os Verdes», como o deputado Francisco Madeira Lopes. Localizada numa área de 60 hectares, dos quais 32 estão cobertos por 52 mil painéis fotovoltaicos, a central de Serpa tem uma capacidade instalada de 11 megawatts, quase o dobro do que a actual maior central situada na Alemanha.

A central de Serpa, a primeira grande instalação do género a entrar em produção em Portugal, será a maior do mundo até à efectiva entrada em funcionamento da central fotovoltaica projectada para o concelho vizinho de Moura. Os trabalhos da conferência começam hoje, às 18:00, com uma mesa redonda sobre as prioridades da Presidência Portuguesa da União Europeia ao nível das alterações climáticas.

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, a presidente e o vice-presidente do Grupo Verdes no Parlamento Europeu, Monica Frassoni e Claude Turmes, a deputada ecologista portuguesa Heloísa Apolónia e o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, são os oradores. Os «caminhos Verdes» para «fazer face às alterações climáticas» vão estar em debate, sábado, através de várias intervenções que vão abordar temas como a eficiência energética, o futuro da mobilidade e uma política de transportes com responsabilidade social e ambiental.
(Diário Digital / Lusa, 21/09/2007)