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plataforma P-53
2007-09-21

O dia 20 de setembro, além da Revolução Farroupilha, ficará marcado na história do Rio Grande do Sul pela chegada em Rio Grande do casco da plataforma de prospecção de petróleo Petrobras 53 (P-53). A entrada do casco da P-53 simboliza a consolidação do Pólo Naval do Porto do Rio Grande, que além do canteiro de obras da Quip (construtora dos módulos da plataforma), já possui o Dique Seco (o maior do hemisfério Sul). “A P-53 é a primeira de muitas plataformas que deverão chegar ao Estado, valorizando o Porto do Rio Grande que acrescenta construção e reparo naval as suas atividades, proporcionando desenvolvimento a toda região Sul”, comemorou o superintendente do Porto do Rio Grande, Bercílio Silva.

O casco da P-53 já se encontrava na costa marítima do município de Rio Grande, iniciando os procedimentos para sua entrada nesta quinta-feira (20/09), por volta das 4h. O seu ingresso no canal de acesso ao Porto do Rio Grande deu-se às 7h53min, com a utilização de três rebocadores na proa, dois na popa e dois nas laterais e em alguns momentos do trajeto foram utilizados outros dois rebocadores de apoio.

Por medida de segurança, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) interrompeu o fornecimento de energia para o município de São José do Norte durante a passagem da P-53 por baixo dos cabos aéreos que abastecem com energia elétrica o município vizinho. As energia foi desligada entre as 8h12min e 9h10min, quando o casco finalizou sua passagem, levando apenas 15 minutos para concluí-la. Por volta das 10h, o Casco da P-53 foi girado para entrar de popa no Porto Novo, onde atracou às 13h30min, em frente ao canteiro de obras da Quip.

Após a atracação se iniciaram os procedimentos de amarração da embarcação, o que levou cerca de trê horas para ser realizado. Conforme o gerente de Construção, Montagem e Integração da P-53, Edimilson Soares de Medeiros, a operação transcorreu tranqüilamente e dentro do previsto. “O planejamento dos procedimentos da entrada do casco garantiram que a operação fosse realizada com sucesso, respeitando-se as premissas de segurança que pautam as ações da Petrobras. Além disso, contamos com um equipe de mais de 200 homens envolvendo diversos órgãos, o que também auxiliou o nosso trabalho”, salientou Medeiros.
A entrada da embarcação foi acompanhada por centenas de pessoas, entre moradores de Rio Grande e de municípios vizinhos. Durante todo o seu trajeto, desde os molhes até o Porto Novo, o casco da P-53 foi acompanhado pelo olhares de curiosos que queriam testemunhar a entrada da maior embarcação que o Porto do Rio Grande já recebeu. Até então, o maior navio que havia acessado o porto gaúcho
tinha sido o Sonangol Girassol (Bandeira Pahamenha), com 274 metros de comprimento por 48 metros de largura.

Plataforma 53
O casco da P-53, oriundo do navio petroleiro Settebello, saiu de Cingapura em direção ao Brasil no dia 2 de julho, conduzido por três rebocadores oceânicos. Com 346,5 metros de comprimento, 57,3 metros de largura e altura de 76 metros, a P-53 chegou à costa marítima de Rio Grande no último dia 4. Com a atracação e a liberação da P-53 pela Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), será dado início aos trabalhos de içamento dos módulos, previstos para iniciarem em outubro. Os módulos da plataforma foram feitos em três locais diferentes, sendo três em Cingapura (Ásia), oito no Rio de Janeiro e quatro em Rio Grande.

Os módulos construídos fora de Rio Grande deverão chegar em outubro ao município, quando juntamente com os demais, serão colocados dentro do casco da P-53, sendo esta considerada uma das fases mais delicadas do processo. Após esse procedimento será iniciada a integração dos módulos, comissionamento e testes da plataforma, que deve consumir a mão-de-obra de 1,7 mil trabalhadores. A conclusão dos trabalhos deve-se dar em 10 meses.

A capacidade de produção da P-53 será de 180 mil barris/dia de óleo, seis milhões de metros cúbicos de gás/dia, geração de 92 megaWatt de potência e ficará instalada no campo de Marlim Leste, Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, a 120 quilômetros da costa, em lâmina d'água de 1.080 metros de profundidade. A P-53 deverá ficar 25 anos operando sem docagem.

(Ascom Governo do Estado do RS, 20/09/2007)


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