Durante encontro nesta quinta-feira (20/09), em Manaus, os governos do Brasil e da Venezuela ratificaram o interesse dos dois países em intensificar acordos na área energética.
"Brasil e Venezuela ratificaram aqui os compromissos que tínhamos assumido há tempos atrás. Por problemas técnicos, nossos acordos andam mais devagar do que aquilo que Chávez e eu esperamos. Para nós, é extremamente significativa a parceria da construção de duas empresas mistas, uma no Brasil e outra na Venezuela, entre PDVSA e Petrobras. Com a construção desta parceria, estamos mostrando que é possível resolver os problemas energéticos dos países da América do Sul, que tem problemas energéticos e tem carências de petróleo, de gás", disse Lula, em declaração à imprensa, após encontro com o presidente Hugo Chávez.
Integrantes dos dois governos voltarão a se reunir em dezembro, em Caracas, para assinar acordos na área energética. "Iremos fazer todo o esforço para que Brasil e Venezuela possam se tornar cada vez mais países integrados. Temos mais coisas para fazer do que divergências para criar", acrescentou Lula.
O projeto das refinarias de petróleo Carabobo 1 e Abreu e Lima, o gasoduto do Sul e a produção de etanol foram temas da conversa dos presidentes dos dois países, que incluiu ainda comércio bilateral, cooperação técnica e Banco do Sul. A adesão da Venezuela ao Mercosul também fez parte da pauta do encontro, que ocorreu por sugestão do presidente brasileiro.
Chávez destacou a integração ao Mercosul: "A Venezuela ratifica sua vontade de integrar-se plenamente ao Mercosul e, assim, desenvolvermos nossos países e a nossa integração sul-americana. O Mercosul é um começo para a integração sul americana", disse, também em declaração à imprensa.
Ainda em Manaus, o presidente Lula se reunirá com o presidente do Equador, Rafael Correa, para tratar do andamento de iniciativas bilaterais nas áreas de infra-estrutura, comércio, energia e cooperação técnica.
O intercâmbio comercial entre Brasil e Equador registrou, de 2003 a 2006, aumento de 141,6%, passando de US$ 375,75 milhões para US$ 909,89 milhões.
(Por Ana Paula Marra, Agência Brasil, 20/09/2007)