A garantia partiu do ministro da economia Manuel Pinho, durante encontro com empresários catalães. A prioridade do executivo é a utilização dos recursos hídricos e das energias renováveis que situam cerca de 43%, quase metade da média europeia. Para Manuel Pinho "vento e água são duas funções que combinam bem e permitem o melhor equilíbrio do sistema eléctrico nacional".
Manuel Pinho reforçou ainda que cada país é livre por optar pelo nuclear, já que Bruxelas não bloqueia o investimento, deixando ao critério de cada um a escolha. "Nos últimos 10 anos só dois países usaram esta solução energética e isso não acontece por acaso", refere o governante. Manuel Pinho alerta ainda para a necessidade de haver um salto tecnológico que permita melhorar a segurança e imagem do nuclear.
Outro ponto destacado foi a necessidade de reduzir a dependência das energias fósseis como petróleo e o gás natural. Uma limitação que está na base da aposta do Governo nas renováveis. Manuel Pinho aponta o dedo sobretudo à Rússia e à Argélia que, juntamente com a Noruega, controlam cerca de 60% do gás natural fornecido à Europa, relembrando ainda que é necessário reduzir a ligação a países politicamente instáveis.
Outra prioridade é a focalização nas políticas de eficiência energética nos transportes e edifícios. Esta é considerada fundamental não só para reduzir a factura energética, como para responder aos desafios ambientais de redução de CO2.
(Por Ana Maria Gonçalves,
Sapo.Pt, 20/09/2007)