O secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, disse nesta quarta-feira que o leilão da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, deverá atrasar no máximo uma semana. Ontem, representantes do TCU (Tribunal de Contas da União) informaram que o órgão não conseguirá concluir a análise do edital a tempo de lançá-lo até o dia 30 deste mês -- um mês antes da data do leilão, como prevê a lei.
Falta também que o ministério conclua as diretrizes que serão enviadas à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para a elaboração do edital. Para o secretário, porém, esses problemas serão resolvidos rapidamente.
"A grande dificuldade era conseguir a licença ambiental e nós obtivemos. Estamos leiloando uma usina de mais de US$ 4 bilhões, tem que ser feito com cuidado", afirmou.
Zimmerman admitiu, porém, que será necessário "um esforço bastante grande" para que as obras iniciem no próximo ano. Depois do leilão, o vencedor precisa da licença de instalação, concedida pelo Ibama, e tem que iniciar obras preparatórias até setembro do próximo ano, para preparar o local para o período de chuvas.
Estatais
O presidente da Eletrobrás confirmou hoje que as quatro geradoras subsidiárias da estatal --Eletronorte, Eletrosul, Furnas e Chesf-- participarão do leilão em parceria com empresas privadas. Furnas já tem contrato com a Odebrecht e as outras três fizeram chamadas públicas para encontrar sócios. A Folha Online apurou que uma das empresas escolhidas pelas estatais foi o Grupo Suez, empresa franco-belga que atua no setor de geração de energia.
"Vamos entrar com as nossas quatro geradoras com grupos brasileiros e estrangeiros que só serão divulgados depois do lançamento do edital", afirmou Cardeal.
(Por Lorenna Rodrigues, Folha Online, 19/09/2007)